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DEM diz que escândalo com governador de Brasília é caso isolado

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01/12/2009 – 17:12

Foto: Giuliano Lopes

Willams Araújo

CAMPO GRANDE – A cúpula do DEM em Mato Grosso do Sul minimiza as denúncias de envolvimento o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM), em um esquema de corrupção. 

Para o partido, o escândalo em Brasília é caso isolado e não contamina nem as bases eleitorais e nem compromete a aliança nacional e regional da legenda, principalmente em  Mato Grosso do Sul. 

Arruda, único governador eleito pelo DEM em 2006, foi alvo da Operação Caixa de Pandora da Polícia Federal na última sexta-feira. Imagens em poder da PF mostram indícios de um esquema de pagamento a políticos, empresários e aliados do governador, proveniente de propina vinda de empreiteiras e prestadoras de serviço. 

A gravidade das denúncias pode resultar na expulsão do governador. Vários partidos da base aliada, como o PSDB, por exemplo, já deixaram o governo Arruda.  

O deputado estadual Zé Teixeira, vice-presidente regional do partido, avaliou nesta terça-feira que isso não traz reflexo nenhum ao BDR (Bloco Democrático Reformista), que, segundo ele, continuará unido em favor da candidatura do tucano José Serra (SP) à Presidência da República em 2010.    

Além do PSDB e DEM, o bloco inclui o PPS. Em Mato Grosso do Sul, a frente partidária faz pré-campanha unida, promovendo encontros regionais. Há, inclusive, a possibilidade de candidatura própria, caso o governador André Puccinelli (PMDB), que busca a reeleição, se junte ao PT nas eleições do ano que vem, como deseja o presidente Lula, que tenta fazer a ministra Dilma Roussef (Casa Civil) sua sucessora. 

“Eu entendo que isso é um caso isolado, o Arruda é reincidente, houve o problema da violação do painel do Senado, ele faltou com a verdade, depois confirmou, renunciou ao mandato, foi candidato a governador do DF e foi eleito. Mas é um caso isolado, não tem reflexo nenhum, até porque se tivesse o PT não podia nem ter candidato, perante os escândalos de mensalão, dinheiro na cueca”, comparou Zé Teixeira. 

Para o deputado democrata, isso tudo é coisa de regime democrático. “Não deve ter nenhum reflexo no partido, até porque o candidato colocado pelo PSDB e a aliança com o Democratas e o PPS são pessoas que não tem mancha, que é o Aécio (Neves, governador de Minas Gerais) e o José Serra”, acrescentou.

Zé Teixeira argumenta que tem vários outros parlamentares do DEM, do PPS e do PSDB que não têm manchas. 

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