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PT, “o partido dos ladrões”

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13/05/2013 – 10h52

Diante do drama shakespeareano de André Puccinelli e Murilo Zauith, o governador pela possibilidade de ter de subir no palanque do PT, em 2014; o prefeito querendo que a companheirada desça do seu, antes mesmo da eleição, cai como uma luva o resultado de uma pesquisa encomendada pela presidente Dilma Rousseff ao seu marqueteiro, João Santana. Como ambos não costumam dar um passo sem um conselho científico, interessante que se debrucem – André com Paulo Catanante e Murilo com Marcos Munarin – no item da amostragem que norteou o último programa eleitoral do partido oficial e que pode ter ajudado a azedar ainda mais os bofes da presidente: “o PT é o partido dos ladrões”. Pelo menos, no entendimento da classe média tradicional e dos ricos. Ladroagem, diga-se, associada a Luiz Ignácio, o Lula da Silva (amigo do peito de Paulo Maluf), em cujo governo começou toda essa história de mensalão.

A informação está escondidinha num box da reportagem “Lula, o sabonete”, em que Veja, desta semana, analisa a “mudança” de posicionamento do ex-presidente em ralação ao próprio partido. Referindo-se a recente depoimento de Lula criticando o PT “eleitoreiro” e dizendo que o mensalão foi um tropeço, a mais importante revista do Brasil contesta esta repentina mudança de comportamento. “Não, ele não mudou. Está fazendo o que sempre faz: limpando a própria biografia e a do partido à custa dos outros”.

Apesar do entendimento de brasileiros como os ruralistas que colocaram a presidente Dilma Rousseff numa baita saia justa durante sua recente visita ao Mato Grosso do Sul, a base da pirâmide social, segundo a pesquisa, está fechada com Lula, Dilma e o PT, que governariam para o povo, patrimônio eleitoral já consolidado; a nova classe média – a noiva mais cobiçada, porque pode decidir a eleição – tendendo a trilhar o mesmo caminho, mas precisando ser cultivada, vindo a seguir os endinheirados, por serem mais esclarecidos, entendendo que tudo não passa de um bando de salafrários.

Pulando quatro páginas desta matéria em que Veja escancara o clientelismo político do governo Dilma Rousseff, outro texto, “O cheque vai falar…”, onde, sabonete à parte, Lula da Silva aparece como sabedor, sim senhor, de todas as maracutaias de antes, durante e depois do mensalão. Mais grave, além de saber, delas podendo ser beneficiário, já que está lá, estampada, na página 63, a cópia de um cheque de 98.500 reais emitido pela agência do operador do mensalão, o publicitário Marcos Valério, e repassado ao ex-assessor presidencial Freudy Godoy, grana que teria ido direto para a conta de Lula ou de alguém a ele ligado, numa agência do banco Santander. O problema é que a conta do destinatário, no verso do cheque, está meio borrada, o que passou despercebido pelo relapso caixa do banco.

Que fique, pois, o recado – “diz com quem andas e dir-te-ei quem és” –, a André Puccinelli e a Murilo Zauith. Não bastassem os próprios “mui” amigos e companheiros, alguns encalacrados com as histórias da Uragano e seus retornos, será que vale a pena correr mais este risco?

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