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Jungmann assume Ministério da Segurança, e pasta da Defesa ficará com general

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26/02/2018 – 09h38

Joaquim Silva e Luna era atual secretário-geral da pasta

O presidente Michel Temer anunciará, nesta segunda-feira, Raul Jungmann para o novo Ministério de Segurança Pública. Jungmann deixará o Ministério da Defesa. A nova pasta vai assumir a maior parte das ações federais em segurança, incorporando a Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal. Para chefiar a Defesa, o governo indicou o general Joaquim Silva e Luna, atual secretário-geral da pasta. Esse ministério foi criado por Fernando Henrique no seu segundo mandato, em 1999, e Silva e Luna será o primeiro militar a ocupá-lo.

O general Silva e Luna, como secretário-geral, era o responsável pela coordenação e planejamento de ações do Ministério. Embaixo do órgão, estão as demais secretarias do Ministério: Secretaria de Coordenação e Organização Institucional (Seori), Secretaria de Produtos de Defesa (Seprod) e Secretaria de Pessoal, Ensino, Saúde e Desporto (Sepesd).

Silva e Luna também foi secretário de Pessoal, Ensino, Saúde e Desporto da pasta desde abril de 2014. Ele entrou no Exército em 10 de fevereiro de 1969, através da Academia Militar das Agulhas Negras (Aman). Possui pós-graduação em Política, Estratégia e Alta Administração do Exército e em Projetos e Análise de Sistemas, mestrado em Operações Militares e doutorado em Ciências Militares. O general tem em seu currículo também cursos de Guerra na Selva e de Combate Básico das Forças de Defesa de Israel. Já comandou a 16ª Brigada de Infantaria de Selva, foi chefe de gabinete do comandante do Exército e chefe do Estado-Maior do Exército. E ainda participou da Missão Militar Brasileira de Instrução no Paraguai. Quando assumiu a secretaria-geral do Ministério da Defesa, Silva e Luna, destacou a necessidade de sinergia entre civis e militares:

  • Junto com toda minha equipe, [teremos] a missão de contribuir para que as Forças disponham dos meios necessários e adequados ao seu melhor preparo e emprego – singular e conjunto”, disse. E acrescentou: – O nosso desafio é a contínua sinergia, de forma institucionalizada, de esforços de civis e militares no trabalho, capaz de construir um futuro onde defesa, desenvolvimento e democracia sejam cada vez mais estruturantes do bem estar do povo brasileiro – disse à epoca.

NOMES SAEM ESTA SEMANA

A intervenção federal no Rio deverá ter os principais nomes da cúpula da segurança pública definidos esta semana. O coronel Wolney Dias, comandante da Polícia Militar, e delegado Carlos Leba, da Polícia Civil, não deverão permanecer nos cargos. Para a sucessão dos dois, o novo secretário de Segurança, general Richard Fernandez Nunes, quer quadros internos.

Inicialmente, chegou-se a cogitar a nomeação de um militar do Exército para a PM. Mas a ideia acabou descartada. Um dos motivos seria a necessidade de se ter pessoas com um histórico das corporações para que seja possível realizar mudanças em um curto espaço de tempo, já que a ação de tropas federais no estado deve ser concluída no fim do ano.

Ontem, Temer discutiu o assunto, no Palácio do Jaburu, com Jungmann e os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil), Moreira Franco (Secretaria-Geral), Torquato Jardim (Justiça), Sérgio Etchegoyen (Gabinete de Segurança Institucional) e com o subchefe de Assuntos Jurídicos da Casa Civil, Gustavo Rocha.

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