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Cotado para vice de Lula, Alckmin deixa o PSDB: ‘é tempo de mudança’

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Ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin, cotado como candidato a vice de Lula ao Planalto

O ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, anunciou na tarde desta quarta-feira sua desfiliação do PSDB, partido no qual esteve por mais de três décadas. Pelas redes sociais, o agora ex-tucano disse que vai informar seus próximos passos “em breve”. Cotado para uma possível chapa com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na eleição de 2022, Alckmin já recebeu convites para se filiar no PSB, PSD e no Solidariedade.

Aliados do ex-governador têm dito que acreditam que a decisão sobre qual será a nova legenda de Alckmin deve ficar para o ano que vem. Ele é conhecido por pensar bem antes de tomar suas decisões. A saída do PSDB, por exemplo, vem sendo ventilada há sete meses. No início de maio, quando o governador João Doria (PSDB) fez um evento para filiar seu vice, Rodrigo Garcia, já se dizia que o ex-governador estava prestes a deixar o partido.

“É um novo tempo! É tempo de mudança! Nesses mais de 33 anos e meio de trajetória no PSDB procurei dar o melhor de mim. Um soldado sempre pronto para combater o bom combate com entusiasmo e lealdade. Agora, chegou a hora da despedida. Hora de traçar um novo caminho”, escreveu o ex-governador, que completou: “Valeu cada obstáculo vencido, cada momento vivido, cada conquista feita. Em breve, anunciarei meus próximos passos”.

Enquanto pensa sobre seu futuro, Alckmin avalia a possibilidade de concorrer ao quinto mandato como governador de São Paulo ou ser integrar a chapa presidencial de Lula. Se optar por ser governador, o caminho mais provável, hoje, é que se filie ao PSD, de Gilberto Kassab. Há uma negociação em curso, também, para que ele entre no PSB e seja o indicado do partido para a vice-presidência. O acerto depende do apoio do PT à candidatura do socialista Márcio França ao governo paulista, o que implicaria na retirada da candidatura de Fernando Haddad (PT).

Valeu cada obstáculo vencido, cada momento vivido, cada conquista feita. Em breve, anunciarei meus próximos passos

Geraldo Alckmin

A possibilidade mais remota, hoje, é a filiação ao Solidariedade. O convite foi feito pelo presidente da sigla, Paulinho da Força, na semana passada, mas não deve prosperar, segundo interlocutores. Perto do PSB, um ex-aliado com mais de 30 deputados federais e três governadores, o Solidariedade, com 13 deputados e nenhum governador tem menos chance de emplacar a vice da chapa presidencial de Lula.

Questionado sobre qual o caminho mais provável para o ex-governador, um de seus aliados mais próximos afirmou que ele “continua conversando e avaliando” os convites.

Alckmin e Lula já se reuniram pelo menos duas vezes, a última delas na semana retrasada na casa do ex-secretário de Educação Gabriel Chalita, em São Paulo. Segundo petistas, nunca houve um convite oficial para que ele participa da chapa do ex-presidente. Em entrevista ao jornal O Globo, a presidente da sigla, Gleisi Hoffmann, afirmou que as chances de o ex-tucano ser vice são as mesmas de qualquer indicado por outros partido que faça uma coligação nacional com o PT.

Há um grupo de petistas que se opõe à possível união. O deputado Rui Falcão, ex-presidente do partido, e presidente do diretório estadual Luiz Marinho, ex-ministro de Lula, lembram que o PT sempre foi oposição a Alckmin no governo estadual. há no PT quem esteja mais aberto para a composição com Alckmin. Eles lembram que, no cargo de governador, ele manteve boa relação com Lula e Dilma Rousseff, enquanto eram presidentes, e Fernando Haddad, durante sua passagem pela prefeitura paulistana. As discussões mais ríspidas, argumentam, ocorreram nas campanhas eleitorais. O próprio Lula já disse que ele e o ex-tucano não têm diferenças “irreconciliáveis”.

Os dois devem participar juntos de um evento público no próximo domingo, um jantar do grupo de advogados Prerrogativas, do qual devem participar cerca de 500 pessoas. Oficialmente, nem Lula nem Alckmin confirmaram a ida ao evento.

Pelo PSDB, Alckmin foi deputado constituinte e chegou ao governo de São Paulo, após assumir o mandato de Mário Covas, que morreu em janeiro de 2001. Depois disso, venceu três eleições para o governo estadual.  Também pelo partido, ele concorreu duas vezes à Presidência da República — a última em 2018.

Em nota conjunta, os diretórios municipal e estadual do PSDB confirmou que recebeu o pedido de desfiliação de Alckmin e desehou “felicidades ao ex-governador em sua jornada”.  (O Globo)

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