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Marquinhos Trad diz que Sindicatos politizam negociações

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Marquinhos Trad, durante evento hoje em Campo Grande - Marcelo Victor

O prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad (PSD), acredita que sindicatos ligados a servidores – sobretudo os da área da educação – estão politizando o impasse entre município e a categoria na negociação para atingir o piso nacional da educação.  

O município não esconde que enfrenta dificuldades para atender ao percentual (33%) decretado pelo presidente Jair Bolsonaro no fim do mês passado, e que nesta semana, o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) deu aos professores convocados (34%).  

“Está tudo aqui: parcelado, assinado, entregue dentro daquilo que a gente vai poder honrar, que são os 10% que demos de reajuste linear para todos os funcionários, 35% (parcelado em duas vezes) no ano que vem, e 35% em 2024”, afirmou o prefeito. “Mas se querem politizar, a gente vai fazer o quê, não é?”, acrescentou, referindo-se aos sindicatos.  

Marquinhos Trad ainda lembrou que as manifestações de setores ligados à política partidária, já começam a atrapalhar a educação do município.  “As crianças não têm nada com isso. As merendas estão compradas, os educadores estão se capacitando, estudando, e logo estarão em sala de aula”, lembrou. 

Ainda sobre o impasse, Marquinho disse que os que não aceitam são minoria. “A grande maioria fala: eu aceito, eu acho que é possível, ninguém está tendo um reajuste que alcança 70% (a proposta de escalonar o reajuste citada anteriormente). Eles nos dizem que cumprimos com eles até agora”, afirmou.  

Marquinhos Trad tem enfrentado dificuldades com dois sindicatos, a Associação Campo-Grandense dos Professores (ACP), cuja diretoria é historicamente ligada ao PT, e com o Sindicato dos Servidores Públicos de Campo Grande (Sisem), cujo presidente é seu principal opositor na Câmara, o vereador Marcos Tabosa (PDT).  

Pré-candidato a prefeito, Marquinhos Trad terá pela frente pré-candidatos das alianças ligadas aos outros dois sindicatos: Zeca do PT é o pré-candidato à governador de uma ala dos sindicalistas ligados à educação, enquanto Tabosa é do partido de Dagoberto Nogueira, que está fechado com o secretário de Infraestrutura Eduardo Riedel (PSDB).  

Alfinetada

Sobre o reajuste de 34% dado pelo governo de Mato Grosso do Sul nesta semana, confirmado em publicação em diário oficial nesta sexta-feira (25), Marquinhos Trad alfinetou a administração estadual, afirmando não haver preocupação com o próximo governador, que assumirá em 2023. “Essas coisas eu não vou fazer porque não é justo empurrar a sujeira para debaixo do tapete e deixar a bomba para o outro. Eu nunca agi assim na minha vida”, disse.  

Caso os professores aceitem a proposta de escalonar os reajustes para os professores, feita por Marquinhos, e o prefeito renuncie ao seu mandato em abril para concorrer ao governo do Estado, quem terá de cumprir os percentuais acordados será a vice dele, Adriane Lopes (Patriota). (Eduardo Miranda e Naiara Camargo/Correio do Estado).

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