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O angu de caroço da sucessão estadual, o pudim da robótica, as heresias etc.

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Simone Tebet tem a difícil missão tirar André Puccinelli do páreo sucessório estadual se quiser continuar presidenciável (foto: rede social)

Danou-se! Quando tudo parecia afunilar-se para Simone Tebet como candidata da terceira via, depois da renúncia também à candidatura presidencial do ex-governador paulista João Doria, eis que vem o presidente nacional tucano, Bruno Araújo, com uma informação que mexe não apenas no tabuleiro da sucessão de Bolsonaro, mas também na disputa pelo governo do estado: para contar com o apoio do PSDB a senadora emedebista mato-grossense do Sul terá de convencer o padrinho político André Puccinelli a desistir de disputar a sucessão de seu sucessor, Reinaldo Azambuja. É que os tucanos, segundo Araújo, esperam reciprocidade do MDB a seus candidatos, não apenas no MS, mas também no Pernambuco e no Rio Grande do Sul. Sem isso, não tem mamãe eu quero. Tudo isso, na semana em que o candidato oficial ao governo do estado, o tucano Eduardo Riedel, distribuiu foto todo-todo ao lado da candidata ao senado do União Brasil, Tereza Cristina e do presidente Jair Bolsonaro. Pequeno detalhe, para tornar essa história mais rocambolesca, é que além de padrinho político de Simone Tebet, André Puccinelli é o líder da corrida sucessória. A missão de Simone no que toca ao Mato Grosso do Sul fica ainda mais hercúlea quando à luz das declarações de bastidores do ex-governador, (des)qualificando a afilhada como traidora, depois da ida do marido, deputado Eduardo Rocha, para o governo Azambuja.

Começou… – A propósito do avocado apoio de Bolsonaro por Eduardo Riedel, o candidato oficial deve andar lendo mais atentamente este site. Bastou uma referência, nas entrelinhas, de um texto aqui publicado segunda-feira, a respeito das tais criaturas que se voltam contra o criador, para que Riedel mandasse sua assessoria anunciar que “o apoio (de Bolsonaro) à candidatura de Eduardo Riedel é mais um importante passo do ex-secretário de Governo e de Infraestrutura rumo à Governadoria”. Um lapso, não falar de Azambuja? Não, o próprio Riedel, nas redes sociais, faz questão de dizer que “os resultados do meu trabalho falam por si só. MS é o estado que mais investe nas pessoas no país”. É a tal da “gestão Riedel”, que começou antes da hora. Como se vê, Azambuja, necas de pitibiriba!

Fica a dica – A propósito desse salto alto, só falta Riedel repetir FHC, ele mesmo, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que quando candidato a prefeito de Sã Paulo, em 1986, contra o também ex-presidente Jânio Quadros, apressou-se em se deixar fotografar sentado na cadeira de prefeito. Eleito, e ao tomar posse, o mato-grossense do Sul Jânio cunhou mais uma de suas antológicas frases, seguida de um inesperado gesto: “gostaria que os senhores testemunhassem que estou desinfetando esta poltrona porque nádegas indevidas a usaram”, acrescentando, sempre com seu português empolado, “porque o senhor Henrique Cardoso nunca teria o direito de sentar-se cá e o fez, de forma abusiva. Por isso desinfeto a poltrona”.

Heresia – Não tem como não lembrar Leonel Brizola, que gostava de se dirigir a adversários, entre os quais Paulo Maluf, como “filhotes da ditadura”, quando se vê, na propaganda partidária na TV, “filhotes do bolsonarismo” como Rodolfo Nogueira e coronel David estufando o peito para falar em Deus, família e pátria. O que deve estar provocando piruetas nas catacumbas dos Plínios – o Salgado e o Corrêa de Oliveira, ideólogos da Ação Integralista Brasileira e da famosa TFP – Sociedade Brasileira de Defesa da Tradição, Família e Propriedade. Ambos, escritores, fundadores de movimentos de extrema-direita inspirados no fascismo italiano.

Bichão do MS – A jornalista e vereadora Lia Nogueira está arrumando a maior confusão na pequena área do Jaguaribe, aproveitando-se das denúncias contra o prefeito Alan Guedes, agora por conta da aquisição dos kit robóticos para a rede municipal de ensino. Maior que o desencontro de números e preços dos equipamentos adquiridos pela prefeitura é o do (des)entendimento dos nobres edis a respeito do que diz regimento interno da Câmara para a formação de uma CPI para investigar o caso. Seja lá o que for, Lia Nogueira está se aproveitando da situação para alavancar sua campanha de deputada estadual.

Cardápio – Encarregado de zelar pela boa aplicação do Regimento Interno da Casa, o presidente Laudir Munaretto bancou a indicação do vereador Cemar Arnal para a relatoria da tal CPI da Robótica. Como bom garçom, já que prato principal deve ser pizza, Munaretto reservou o Pudim para a sobremesa, não de entrada, como queria a sempre polêmica Lia Nogueira.

Sem voto – No município (de um estado e de um país) dos sem-terra, sem-teto e sem tantas outras coisas, agora um vereador (quase) sem votos. Por pouco, e seria um vereador de apenas cem votos, mas ele foi um pouco mais longe, chegou quase aos quatrocentos, faltando apenas um. Pois foi com exatos 399 votos, que Odon Anderson Ebenritter – Tio Bubi – tomou posse semana passada no Jaguaribe. Ele é o suplente da vereadora Daniela Hall, que aceitou o desafio como secretária municipal de Assistência Social.

Bastião de Marquinhos – Para quem, na conta dos adversários, não havia conseguido plantar um pé de bananeira em Dourados, Marquinhos Trad foi quem se deu bem com a ida de sua companheira de linha de frente Daniela Hall, para o secretariado do prefeito Alan Guedes. Comandando uma das secretarias mais politiqueiras, certamente que Daniela vai agregar valores à campanha de governador do ex-prefeito de Campo Grande na terra de seu Marcelino e adjacências. Há quem garanta que a articulação é só o primeiro passo para a entrada do renegado (por Eduardo Riedel) Alan Guedes e todo o seu time na campanha do ex-colega prefeito da capital.

Rose imexível – Desbancada essa semana da terceira secretaria da Câmara Federal, por conta de sua saída do PSDB, Rose Modesto “continua firme e cada vez mais forte” candidata ao governo do estado pelo União Brasil. Na semana em que recrudesceram os boatos de uma iminente desistência, quem garante a permanência dela no páreo é ninguém mais ninguém menos que Murilo Zauith, um dos maiores entusiastas da campanha. Recado direto da “toca” do vice-governador, para aonde têm acorrido políticos de todos os matizes partidários, em busca de apoio.

Celsão senador? – Será que agora, passando pelas convenções da 3ª. via como candidata à presidência da República a senadora Simone Tebet terá a dignidade de licenciar-se do Senado para correr o Brasil do Oiapoque ao Chuí em busca de votos para tentar subir a rampa do Palácio do Planalto? Seu suplente, o agropecuarista douradense Celso Dal Lago acha que não. Do alto de seus 80 anos, completados nesta quarta-feira, ele diz que não tem mais o direito de sonhar com isso. E, sem muita convicção, diz que seria até capaz de franquear a cadeira ao segundo suplente, Moacir Khol.

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