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Para católicos dos EUA, papado de Bento 16 foi “mediano”

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06/03/2013 – 10h57

Olhando para o papado de Bento 16, a maioria dos católicos romanos dos Estados Unidos avaliou sua liderança de modo mediano, apontou uma nova pesquisa “New York Times/CBS News”.

Antes do conclave que escolherá seu sucessor, um quarto dos católicos americanos disse que a liderança de Bento 16 ajudou a Igreja Católica, pouco mais de 10% disseram que prejudicou, enquanto a maioria, 52%, disseram que o papado foi “mediano”.

Esses resultados são semelhantes a uma pesquisa de 2010, mas menos positivos que as reações a respeito da liderança do papa João Paulo 2º nas pesquisas “New York Times/CBS News” durante seu papado. Nas pesquisas realizadas em 2002 e em 2004, mais de 4 entre 10 católicos disseram que a liderança dele ajudou a igreja. Após sua morte, em 2005, mais de 6 entre 10 pensavam assim.

“Ele me pareceu meio insípido”, disse em entrevista posterior Dorothy Lascuola, 66, uma católica de Butler, Pensilvânia, que vai regularmente à igreja, sobre o papa Bento 16. “Eu acho que tento compará-lo com João Paulo 2º, a quem eu realmente admirava, assim como sua posição em muitos assuntos diferentes. Eu não vejo o papa Bento 16 como um líder. Eu espero que desta vez surja um líder mais forte. E um mais jovem. Eu acho que ele carregava muita bagagem.”

Ao avaliar o estado da Igreja Católica Romana nos Estados Unidos, a maioria dos católicos fez uma avaliação positiva –mas não fortemente. A maioria (54%) avaliou a situação como excelente ou boa –sendo que 50% disseram que a situação está boa, e meros 4% disseram que está excelente. A avaliação não foi maior entre aqueles que vão à igreja semanalmente.

E os católicos americanos estavam inclinados a ver a Igreja Católica nos Estados Unidos mantendo o curso. Apesar de 17% terem dito que as coisas na igreja nos EUA estão melhorando e 22% terem dito que estão piorando, a maioria (60%) disse que elas permanecem iguais. Entre aqueles que responderam que as coisas na igreja permanecem as mesmas, a maioria avaliou a igreja positivamente.

Três quartos dos católicos expressaram confiança de que o próximo pontífice estará mais em contato com as necessidades dos católicos de hoje, mas apenas aproximadamente 3 entre 10 disseram ter grande confiança nisso. Em abril de 2005, quando os cardeais escolheram o sucessor de João Paulo 2º, mais de 8 em 10 tinham confiança de que os cardeais escolheriam um papa mais em contato, incluindo 4 entre 10 que tinham muita confiança nisso.

A atual pesquisa aponta que a confiança cresceu entre aqueles que vão à igreja mais frequentemente. Entre os entrevistados que disseram ir à missa pelo menos uma vez por semana, mais de 4 entre 10 têm muita confiança de que o próximo papa estará mais em contato com as necessidades atuais dos católicos.

“Eles sempre parecem escolher um tipo tradicional de papa da Europa, realmente conservador”, disse Felix Rando, 61, de Marrero, Louisiana, que vai à igreja semanalmente. “Eu espero que desta vez tenhamos alguém da América Latina ou da África. Seria uma boa mudança.”

Matt Williams, 56, de Mount Pleasant, Michigan, que também vai à igreja com frequência, expressou preocupação com o foco na origem do próximo papa. “Eu espero que eles escolham o melhor homem e deixem de lado a preocupação em ser politicamente corretos”, disse.

A pesquisa nacional foi realizada de 23 a 27 de fevereiro e entrevistou 580 católicos adultos, por telefones fixos e celulares. A margem de erro da amostragem é de 4 pontos percentuais para mais ou para menos.

The New York Times/ Tradutor: George El Khouri Andolfato

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