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A oportunidade histórica de Alan Guedes

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27/11/2020 – 14h33

Depois do tsunami uragânico e da pífia administração Délia Razuk, Dourados não pode mais correr riscos

“Não se apequene. Cumpra seu destino histórico, coordene as transformações do país”. Bilhete escrito pelo ministro das Comunicações, Sérgio Motta, momentos antes de morrer, no Hospital Albert Eistein, em São Paulo, mandado entregar a Fernando Henrique Cardoso, de quem era muito mais que ministro, mas um grande amigo, verdadeiro irmão, segundo o próprio presidente da República. Melhor que as recomendações de outro presidente, Tancredo Neves, lembrada em nota aqui acima, esta mensagem de Serjão Motta serve a outro gigante pela própria natureza, o prefeito eleito de Dourados, Alan Guedes, que se já era grande pela estatura (1,90cm de altura e seus 120 kg) ficou ainda maior depois de derrotar a elite política douradense nas últimas eleições, tendo agora a missão não apenas de coordenar as transformações mas de corrigir os equívocos dos últimos anos da administração municipal da terra de seu Marcelino.

Por isso, convidado por Antônio Coca para ser comentarista por um dia durante a marcha das apurações, na FM Cidade 101.9, fiz tantas referências a José Elias Moreira, o prefeito que fez as grandes transformações em Dourados no século passado, não tendo o amigo radialista como não observar essa minha fixação pelo ex-prefeito. Como tínhamos que encher linguiça, ante o atraso na totalização dos votos provocado por uma pane no sistema do TSE, sem saber ainda quem seria o novo prefeito, embora os primeiros resultados já apontassem para a vitória de Alan Guedes, fomos buscar no passado o que de melhor tivemos para que no futuro a população não continue pagando caro por escolhas equivocadas no pós-Zé Elias.

Como o assunto mais palpitante no interregno entre a eleição e a posse do novo prefeito é sempre a escolha do futuro secretariado, o que pode dar uma primeira noção de como caminhará a nova administração, normal que, fechadas as urnas comecem a circular os nomes dos ilustres e altruístas que vão deixar suas bem remuneradas funções na iniciativa privada para se sujeitarem à merreca do salário de um secretário municipal. Por conta disso, o primeiro grande desafio de Alan Guedes, que não poderá repetir o feito de José Elias Moreira, que só passou à história como o maior prefeito que Dourados já teve por sua ousadia em contrariar a corriola udenista que chancelou sua candidatura, importando um secretariado de altíssimo nível. Mas nem assim, em hipótese alguma, Alan Guedes poderá se apegar a isso para repetir sua antecessora Délia Razuk, que, ao contrário de Zé Elias, passa triste e melancolicamente à história porque fraquejou desde o primeiro momento, demonstrando total insegurança, com um secretariado medíocre, o que fez sua administração ficar mais tempo nas páginas policiais, só não repetindo o desastre uragânico de Ari Artuzi porque foi obrigada a engolir um juiz de direito e um promotor público aposentados, além de um batalhão de oficiais e subalternos do Exército em postos estratégicos para não correr o risco de ter o mesmo fim de Artuzi.

Por tudo isso, chega a dar um frio na barriga as primeiras listas contendo os nomes de alguns daqueles que podem vir a integrar o futuro primeiro escalão municipal. Useiros e vezeiros da malversação do dinheiro público, velhos conhecidos do Ministério Público e até fichados, já, na dona Justa, quando não, por tamanha esperteza, continuando à solta, mas operando uma barbaridade no submundo da política a ponto de expor figuras impolutas ainda merecedoras de uma última chance do eleitorado.

Que Alan Guedes faça, sim, como Zé Elias, peitando a companheirada clientelista e mal-intencionada como peitou o velho e combalido cacique Zé Teixeira, quando começou a virar prefeito, que faça jus ao ufanismo de Joaquim Osório Duque Estrada não apenas no quesito do Hino Nacional Brasileiro que fala do tamanho do naco que cabe a Dourados no território nacional, para que ao final de seu mandato os douradenses possam estufar o peito para concluir esta estrofe – “És belo, és forte, impávido colosso/E o teu futuro espelha essa grandeza”.

A fragilizada Délia Razuk, que vai entregar a prefeitura ao

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