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Um troféu ao jornalismo de verdade, de trabalho e de vigilância

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08/03/2013 – 10h09

Uma pena que para a história do jornalismo do Mato Grosso – depois o do Sul – a máxima Deus não dá asas a cobra, mesmo que por vias tortas, possa ser aplicada a um de seus expoentes – o douradense Theodorico Luiz Viegas. O empreendedorismo que abundou em oito de março de 1968, quando pôs em circulação sua folha de dourados, numa cidade ainda engatinhando em sua vertiginosa marcha para o progresso (vaticínio de Weimar Torres na manchete inaugural do concorrente, dezessete anos antes), faltou para a consolidação do projeto de um jornal de vanguarda, forjado no idealismo do jornalismo de verdade, trabalho e vigilância. E não era pra menos, num tempo em que o aço das baionetas ditava a pauta das redações. Tanto que Theodorico foi um dos muitos jornalistas brasileiros a ir parar atrás das grades. Em seu caso, por alguns – dados e levados – sopapos num major PM na função de delegado regional de polícia em Dourados, durante uma discussão, exatamente, sobre liberdade de imprensa. E a pergunta cuja resposta Theodorico levou para o túmulo: se ele tivesse tido um pouquinho mais de jogo de cintura a história da imprensa douradense seria menos melancólica?

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