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terça-feira, julho 22, 2025

Agora é guerra!

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O governo da Ucrânia adotou uma série de medidas de preparação para uma guerra nesta quarta-feira, desde a convocar reservistas a pedir para seus cidadãos deixarem a Rússia imediatamente. Autoridades ressaltaram, no entanto, que as medidas buscam somente manter a calma no país e proteger a sua economia,  em um momento em que uma invasão da Rússia parece iminente.

A Ucrânia introduzirá um estado de emergência nacional de 30 dias, prorrogáveis por mais 30, no qual serão aplicadas restrições especiais,  disse Oleksiy Danilov, a principal autoridade de segurança do país, após uma reunião do Conselho de Segurança. O Parlamento ainda precisa votar para aprovar a decisão.

A introdução do estado de emergência confere poderes especiais às autoridades, incluindo restrições ao transporte, envio de proteção adicional para infraestrutura-chave e a proibição de greves. As autoridades regionais podem tomar decisões sobre a introdução de toque de recolher e outras medidas, disse Danilov.

— Dependendo das ameaças que possam surgir em determinados territórios, haverá um estado de emergência mais forte ou mais fraco. Estamos falando de áreas fronteiriças, onde temos fronteira com a Federação Russa, com a Bielorrússia — disse Danilov.

Danilov reiterou que a Ucrânia ainda não estava decretando uma mobilização geral, e nem tampouco impondo lei marcial. A lei marcial imporia restrições mais duras, que poderiam incluir proibições de reuniões, movimentos e partidos políticos. Alguns parlamentares pediram para ela ser decretada. A medida pode vir a desencadear uma reação da Rússia.

— Se necessário, esta disposição será adotada imediatamente — disse ele.

Desde o começo da crise, o governo ucraniano tenta transmitir mensagens de tranquilidade, em uma estratégia para conter danos à sua economia e evitar gerar pânico.

Nesta terça, o Senado russo aprovou o envio dos militares a duas regiões separatistas no Leste da Ucrânia, mas Putin disse que ainda não sabe quando e se vai enviá-los.

Visitas proibidas

Além do estado de emergência, o governo ucraniano pediu para seus cidadãos não visitarem a Rússia, e alertou que ucranianos que já estão no país vizinho devem sair imediatamente. Em comunicado, o ministério das Relações Exteriores afirmou que ignorar essas recomendações “complicará significativamente” a proteção adequada de ucranianos em território russo.

“O Ministério das Relações Exteriores recomenda que os cidadãos ucranianos se abstenham de quaisquer viagens à Federação Russa. Quem está neste país deve deixar o território imediatamente”, informa o comunicado. Quase três milhões de ucranianos vivem na Rússia.

Países como Portugal, Brasil, Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, Noruega, Dinamarca, Bélgica, Países Baixos, Alemanha, Espanha, Israel, Austrália, Nova Zelândia, Japão, Iraque, Kuwait e Itália já pediram aos seus cidadãos que deixem a Ucrânia. Na terça-feira, Moscou pediu a seus diplomatas para deixarem o país vizinho.

Após um decreto do presidente Volodymyr Zelenskiy, as Forças Armadas da Ucrânia informaram em comunicado que começaram a recrutar reservistas com idades entre 18 e 60 anos. A Ucrânia tem quase 200 mil reservistas e 250 mil militares na ativa nas Forças Armadas.

Na terça-feira,  Zelenskiy, que pediu “armas” e garantias de apoio da União Europeia, mencionou a possibilidade de romper relações diplomáticas com Moscou. O Parlamento da Ucrânia também avalia aprovar uma lei que permitiria o porte de armas de fogo por civis.

Na Rússia, Vladimir Putin, apesar da enxurrada de sanções anunciada na véspera pelas potências ocidentais, prometeu nesta quarta-feira que não cederá às pressões e afirmou que “os interesses e a segurança” de seus cidadãos “não são negociáveis”.

O presidente russo falou em um breve discurso televisionado sobre o Dia do Defensor da Pátria. Ele disse, no entanto, estar “aberto ao diálogo direto” com os países ocidentais, mas sempre exigindo que a Ucrânia nunca seja admitida na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).

No Twitter, o chanceler ucraniano Dmytro Kuleba pediu que o Ocidente imponha sanções mais duras contra o governo russo.

“Para impedir Putin de mais agressões, pedimos aos parceiros que imponham mais sanções à Rússia agora. Os primeiros passos decisivos foram dados ontem, e estamos gratos por eles. Agora a pressão precisa aumentar para parar Putin. Ataquem sua economia e comparsas. Ataquem mais. Ataquem forte. Ataquem agora”, escreveu.

Soldado morto em bombardeio

Um soldado foi morto e seis ficaram feridos após bombardeios por separatistas pró-Rússia, no leste da Ucrânia, nas últimas 24 horas. Conforme militares ucranianos, as violações do cessar-fogo continuam em alto nível.

A Ucrânia acusou a Rússia de provocar violência, usando isso como pretexto para reconhecer formalmente o leste do país como independente e transferir tropas russas para a região, precipitando uma crise que o Ocidente teme que possa desencadear uma grande guerra. (O Globo, com agências internacionais).

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