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sexta-feira, abril 19, 2024

As reviravoltas da campanha eleitoral, os vices, os senadores, federais, estaduais etc

Eduardo Riedel e Rose Modesto medem forças em Dourados às vésperas das convenções

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Na semana em que começam, oficialmente, as definições das chapas para a corrida sucessória a chapa da campanha esquentou, e pra valer. Primeiro com o entrevero causado pelo anúncio do armistício entre o governador Reinaldo Azambuja e seu vice, Murilo Zauith, o que mudaria o rumo das coisas, pelo apoio visto como decisivo de Zauith, por ora, à candidatura de Rose Modesto. Na sequência o início dos ataques abaixo da linha da cintura, tendo como alvo o líder das pesquisas na disputa pelo governo do estado Marquinhos Trad, com denúncias anônimas, de assédio sexual. Uma estratégia suicida, ou um tiro no pé, nem precisando ser expert em política para saber de onde vem, bastando uma olhada no sobe-e-desce das pesquisas e pensar em quem tem poder de fogo para mobilizar as forças policiais para o cumprimento desse tipo de missão às vésperas das convenções partidárias. Artista como é, certamente que o ex-prefeito da capital vai sapatear, fazer piruetas ou suas mágicas e continuar invocando o Altíssimo para sair como vítima da situação e se consolidar como nome certo para o segundo turno. Tudo muito bem articulado e transformado em fake news, tanto o vazamento do encontro secreto para selar a paz entre Zauith e Azambuja como as denúncias contra Marquinhos dando o tom de como será a campanha que, só agora, começa pra valer.

Reviravolta – Na esteira desses dois fatos que marcam o início explosivo da campanha eleitoral, a dança dos – a partir de agora oficiais – candidatos. A mais animada delas a que deve ser promovida por Marquinhos Trad. Sempre à frente, sacando o um dia temido juiz Odilon de Oliveira da candidatura senatorial para ser seu companheiro de chapa. O pano de fundo, a composição com o PT, para apoiar, oficialmente, a candidatura do professor universitário Tiago Botelho ao Senado. Mas, obviamente, ficando à vontade para, no corpo-a-corpo, cochichar ao ouvido do eleitor o nome do primo Luiz Henrique Mandetta, também candidato ao Senado, só que pelo União Brasil.  

Vices I– Diante de todas essas “novidades” a deputada Rose Modesto ganhou tempo para respirar e usar todo o tempo que tem nas próximas 24 horas para anunciar o nome de seu companheiro de chapa. Pressionada pelos dois Murilos – o controvertido Sérgio, dirigente do parceiro Podemos, e o Zauith – ela caprichou na retórica ontem durante entrevista com jornalistas em Dourados. E deu a pista do critério que vai usar, ao lembrar que há mais ou menos dois anos se colocou à disposição do vice-governador para apoiá-lo como candidato à sucessão de Azambuja, por entender que Dourados merece assumir o protagonismo político estadual. Como Zauith, até por questões de saúde, desconsiderou a ideia, ela disse “então eu topo”. Quer dizer, ela espera agora a contrapartida. Sem faca no pescoço.

Vices II – Com um pouco mais de tempo e fucinho-a-fucinho com Rose Modesto nas pesquisas, Eduardo Riedel, algumas horas só mais tarde, noutra coletiva, também em Dourados, seguiu o exemplo da adversária, “quiabando” diante dos mesmos jornalistas. Deu a entender que não se importa com essa lenda de que o candidato a vice-governador precisa ser da região de Dourados. “Se a questão é essa Dourados vai ter muito mais, pois eu sou daqui; meu primeiro emprego depois de formado foi como professor da Unigran, com carteira assinada por dona Cecília Zauith e tudo mais”. Fazendo o gosto do eleitor, aferido em pesquisas qualitativas, Riedel estaria trabalhando com quatro nomes, um deles bem popular, de Dourados, que já foi coadjuvante uma vez em não ajudou em nada a cabeça de chapa.

Jogo de cintura – Mostrando uma simpatia e um carisma que sua assessoria não conseguiu ainda converter em votos, Eduardo Riedel saiu-se muito bem também quando questionado sobre o “enterro” de sua candidatura por seu ex-patrão (na Unigran) Murilo Zauith. Disse que nem ficou sabendo do encontro do vice com o governador. Soube-se, durante a mesma entrevista, que entre os muitos compromissos que o candidato oficial está agendando nesses três dias que permanece em Dourados está um cafezinho com seu antecessor na secretaria de Infraestrutura. Tudo dentro do mote de discurso que vem adotando: “O Azambuja é uma coisa o Riedel é outra”. Quer dizer, ele não está nem aí se o governador e o vice estão de bem ou de mal. Pelo jeito Zauith continua morando em seu coração.

As reviravoltas da campanha eleitoral, os vices, os senadores, federais, estaduais etc
O pré-candidato ao governo Eduardo Riedel, “pendurado” no muro com uma eleitora (foto: Valfrido Silva)

Coerência partidária – Terminada a entrevista coletiva na boca da noite passada Eduardo Riedel deixou boquiabertos os presentes, ao conseguir se livrar do assédio de jornalistas e afins para atender a uma vizinha da casa onde está instalada a coordenação de sua campanha, curiosa com o barulho. Ao ver a mulher pendurada no muro, correu até ela e, subindo numa cadeira, lascou o seu “muito prazer, eu seu Eduardo Riedel”. Mania de tucano, não pode ver um muro. Aliás, minutos antes, questionado sobre o constante troca-troca de partido, ele disse primar pela fidelidade à cartilha tucana e que não é desses que trocam de partido como quem troca de camisa.

Mamão com açúcar – Quem foi que disse que o velho e combalido Roberto Razuk está pensando só na reeleição do filho Neno para a cadeira que um dia foi sua na Assembleia Legislativa? Ontem ele infiltrou seu correligionário e dublê de repórter, o fotógrafo J. F., na entrevista coletiva de Eduardo Riedel com a imprensa, com a missão de sondar o candidato oficial quanto à possibilidade de sua dona Délia ser a candidata a suplente na chapa de Tereza Cristina. Incrível, mas aconteceu.

Essa garantida, né – Na entrevista coletiva anterior, de Rose Modesto, quem roubou a cena foi a candidata a deputada estadual Maísa Uemura, a queridinha da vez de Murilo Zauith. Com sua entourage, esteve mais tempo diante dos holofotes do que aquela que era para ser a estrela da festa – a deputada Rose Modesto.

Inversão da ordem – A propósito, depois da lição por não ter consigo eleger sequer um representante nas eleições passadas para o Congresso Nacional, Dourados pode inverter o número de suas bancadas, elegendo, proporcionalmente, mais deputados federais do que estaduais. Isto, pela expectativa de bom desempenho de nomes como Geraldo Resende, Dr. Guto e Waltinho Carneiro para a Câmara Federal e pelo tanto que os estaduais andam mal das pernas. Neste caso, além das cadeiras cativas de Marçal Filho e Zé Teixeira, os outros precisando passar muito sebo de grilo nas canelas para não serem trocados, por exemplo, por Lia Nogueira, Gleice Jane ou Maísa Uemura.

Colisão à vista – Nesse “climão” criado pelo armistício entre Azambuja e Zauith, a guarda municipal, os amarelinhos de Alan Guedes e quem sabe até a Polícia Militar o Corpo de Bombeiros devem ficar de prontidão. É que está havendo um choque de agendas e depois das entrevistas coletivas de ontem e até que chegue o horário da inauguração da coordenação de campanha de Rose Modesto, depois do festão que Alan Guedes proporcionou a Riedel no clube Nipônico, noite passada, Riedel e Rose à tiracolo seus candidatos a estadual e federal, vão para a periferia sentir o cheiro do povo. Com Marçal Filho e Lia Nogueira prometendo “causar” em pontos diferentes, obrigando Riedel a pisar miúdo; Maísa Uemura e Dr. Guto dando um suador em Rose Modesto também pelo comércio e pela mesma periferia. Ah, André Puccinelli chega para a operação rescaldo no fim de semana. O problema é cruzarem-se na Padaria da Cuiabá ou numa garaparia qualquer.

Pai nosso – Bastou seu ex-colega de ministério Luiz Henrique Mandetta botar as manguinhas de fora para a até então “senadora eleita” Tereza Cristina descer do salto 15 e mudar seu itinerário em Dourados. Em vez de bater ponto na mesma padaria da Cuiabá, em sua última visita tentou passar incógnita durante uma missa na Catedral Imaculada Conceição. Acompanhada apenas de seu motorista, só foi descoberta, genuflexa, na última fileira de assentos, por conta da indiscrição do padre que conduzia a homilia, que fez questão de registrar “a honrosa presença” da ex-ministra bolsonarista.  

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