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segunda-feira, dezembro 2, 2024

Ferrinho, o novo nome de consenso para a sucessão de Alan Guedes?

Nome do ex-presidente da Câmara começou a ser lembrado depois de encontro com o governador Eduardo Riedel, na Expoagro

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Nem o deputado Zé Teixeira, nem o vice-governador Barbosinha, nem o ex-vice-governador Murilo Zauith, muito menos o próprio Alan Guedes, que trabalha nesse sentido. O mais novo nome de consenso para disputar a prefeitura de Dourados ano que vem seria o do ilustre personagem da moldura deste post, uma dessas imagens que valem por mais de mil palavras, capaz de ofuscar até mesmo a presença do governador do estado num evento de tamanha magnitude, como a abertura da tradicional Expoagro – o sempre polêmico ex-presidente da câmara municipal, Archimedes Lemes Soares. Mesma câmara cuja presidência fez os dois últimos prefeitos – Délia Razuk e Alan Guedes.

A hipótese dessa alternativa no processo sucessório foi estampada na “capa” do DouradosInforma, neste final de semana. Afinal, o que justificaria tamanho destaque, embora o texto não avente essa possibilidade? Atentando-se para o detalhe de que o site, criado pelo ex-vereador Nelson Gabiatti, atualmente nas mãos de outro, também ex-presidente da Câmara, Júnior Teixeira, filho do ex-prefeito Humberto e sobrinho do todo-poderoso deputado Zé Teixeira, tem a direção jornalística de Hélio de Freitas, da escola de Vitoriano Carbonera (leia-se, deputado Londres Machado).

Toda a cornetagem começou na padaria Pão Dourado onde o vice-governador Murilo Zauith bate ponto, nos finais de semana. É que  na resenha deste sábado, depois de uma rápida conversa com o deputado federal Geraldo Resende, testemunhada por seu fiel escudeiro Nunes, presidente da UDAM e pelo mesmo Júnior Teixeira, Zauith sentenciou, como que chamando para si o comando do processo sucessório ano que vem: “o próximo prefeito vai sair daqui”.

Desenhando, para os incautos: Este peremptório “daqui”, é da mesa da padaria de onde Zauith costuma fingir que está sempre “panguando” enquanto seus arautos se esforçam em mostrar serviço. Ora, não existe um frequentador mais assíduo deste ponto de referência das “novidades” da política que Archimedes Ferrinho. Ele costuma “abrir” o estabelecimento quando não está correndo o Brasil vendendo caminhões, invariavelmente em companhia do ex-deputado Roberto Razuk, neste novo hipotético quadro, seu principal cabo eleitoral.

Mais um devaneio do blogueiro sem assunto? Vejamos: Ferrinho é um dos mais hábeis negociadores dos bastidores políticos da terra de seu Marcelino. Pragmático, fala a linguagem que os interlocutores da política gostam de ouvir. Um “operador” de mão cheia. Transita em todas as correntes, conversando com desenvoltura, sempre invocando as sábias lições que teve com o “velho Renato” – o pai, Renato Lemes Soares, também, lá atrás, presidente da Câmara Municipal.

Na mesma padaria, ontem, depois que a foto de Ferrinho com Riedel começou a circular nos grupos de WhatsApp, um jornalista amigo do ex-vereador lembrou aquele que seria o principal requisito para o discurso de uma eventual candidatura à prefeitura: competência comprovada para a solução do mais grave problema que a cidade enfrenta atualmente, depois, claro, das infindáveis demandas da saúde – a buraqueira do asfalto. É que do currículo do incansável, polivalente e onipresente Ferrinho consta que ele foi, entre tantas outras coisas, dono de uma empresa de tapa-buracos na cidade.

Daí à sugestão do que tanto Riedel e Ferrinho poderiam estar conversando, para merecer destaque num site de considerável audiência, ao que o mesmo jornalista vaticinou que ele deveria estar garantindo a Riedel que se tiver o apoio do governo para ser prefeito vai proibir as famigeradas operações tapa-buracos. Tal qual fizera o fenomenal ex-prefeito Artuzi, com uma frase infeliz que gerou um processo por racismo e, como o próprio Riedel no governo Azambuja, Ferrinho estaria sugerindo acabar com esse negócio de tapa-buracos, fonte inesgotável de corrupção, ou seja, prometendo recapear todas as ruas e avenidas da cidade. 

Por tudo que Dourados tem experimentado, no pós-Artuzi, por que não Ferrinho? Além da intimidade, como se vê, com Riedel, do apoio de Roberto Razuk, de quem é guru, é um dos poucos que levam Zé Teixeira na lábia, sempre foi “da cozinha” de Murilo Zauith, cuja esposa, Cecília, sempre chamou de madrinha, e transita com desenvoltura nas cúpulas partidárias estaduais (também da escola Londres Machado, além da de André Puccinelli e até de Zeca do PT). Aliás, faz parte do anedotário político do estado um inusitado pedido que fez a Orcírio, recém-empossado governador: gostaria de ficar com as chaves (e com a famosa caneta, claro) de seu gabinete por um dia que fosse.

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