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segunda-feira, dezembro 29, 2025

Bolsonaro faz questão de se desvincular de Mauro Cid: ‘Peço a Deus que não tenha errado’

Ex-presidente visitou o Senado pouco depois de seu braço direito ficar em silêncio ante a Polícia Federal

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A visita coincidentemente ocorreu pouco após seu ex-ajudante de ordem, Mauro Cid, ficar em silêncio durante depoimento à Polícia Federal. Ao ser questionado sobre o caso, Bolsonaro afirmou que não tem conversado com o ex-funcionário, mas rasgou elogios a ele.

“Não tenho conversado com ele. Isso aí está em segredo de Justiça. Apesar de vazar, está em segredo de Justiça. O que eu vi agora no rodapé de uma TV é que ele ficou em silêncio. Isso é ele com o advogado dele”, afirmou o ex-presidente.

“Ele [Cid] é um excelente oficial do exército brasileiro, jovem ainda, forças especiais, comandos, paraquedistas, primeiro lugar de quase todo curso que fez, tem dado o melhor de si. Peço a Deus que não tenha errado. E cada um siga a sua vida”, completou.

Mauro Cid está preso há 15 dias devido a uma operação que investiga fraudes em cartões de vacinação para beneficiar Bolsonaro, familiares e pessoas próximas.

As investigações apontam que foram inseridas informações falsas no sistema do Ministério da Saúde, indicando que o ex-presidente, sua filha mais nova, Laura, além da esposa e filhas de Cid, teriam falsamente sido vacinadas.

Suspeita-se que o objetivo do esquema era viabilizar uma viagem da família para os Estados Unidos.

Delação premiada

O entorno político de Bolsonaro se surpreendeu com o silêncio de Cid e está preocupado com a possibilidade dele fazer uma delação premiada em troca de uma possível redução de pena.

O receio soma-se ao fato de Bernardo Fenelon, especialista nesse tipo de colaboração, ter sido nomeado para fazer sua defesa após a saída de Rodrigo Roca, ligado à família Bolsonaro.

Durante os quatro anos de mandato, Cid, que é tenente-coronel do Exército, foi um dos assessores mais próximos do ex-presidente.

Bolsonaro também foi alvo da operação sobre fraude no cartão de vacina. A polícia fez buscas e apreensões na casa do ex-presidente.

Eleições ‘superadas’

Bolsonaro afirmou que as eleições de 2022 estão superadas. Também disse que pretende “colaborar” com o país, apesar de não “simpatizar” com o atual governo.

Afirmou ainda que só vai discutir as eleições de 2026 depois de 2024, quando são disputadas as prefeituras.

“Nós queremos colaborar para que o Brasil não fracasse, não afunde. Repito, eleições de 22 é página virada. Temos conversado com o partido [PL] para a gente ver a nossa estratégia para o ano que vem, prefeitos e vereadores pelo Brasil todo. 26 só se discute depois de 24. Trazer para normalidade, sem rancor da nossa parte”.

De acordo com ele, a bancada do PL não vai dificultar a votação da nova regra fiscal na Câmara.

“Está votando aqui o arcabouço fiscal. Não é da nossa parte ideia de impedir qualquer votação. O PL é um partido grande na Câmara, são 99 parlamentares. A gente não vai fazer uma reação, uma oposição radical. Não é isso. A gente vai ajudar, apesar de não simpatizarmos com o governo que já sabemos como agiu no passado”.

Gabriel Mansur/Jornal do Brasil

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