Em sua atual composição, agora com Cristiano Zanin, que tomou posse na última quinta-feira, o Supremo Tribunal Federal (STF) segue com maioria de magistrados indicados em governos petistas, nascidos no Sudeste e de homens brancos. Dos 11 magistrados do tribunal, sete foram indicados nos governos de Lula e Dilma Rousseff, e também sete são oriundos de São Paulo, Rio ou Minas Gerais. Por outro lado, o novo ministro, que tem 47 anos de idade, contribui para reduzir a média de idade na Corte, que agora é de 60 anos.
Desde a redemocratização, foi Lula quem indicou mais nomes ao STF (nove), seguido por Dilma e José Sarney (cinco cada). O petista foi o único presidente a se eleger por três mandatos.
Desde a redemocratização, foi Lula quem indicou mais nomes ao STF (nove), seguido por Dilma e José Sarney (cinco cada). O petista foi o único presidente a se eleger por três mandatos.

Com a indicação de mais um homem, a Corte segue sem mudanças no histórico de nomeações de mulheres: foram apenas três em sua história (Ellen Gracie, Cármen Lúcia e Rosa Weber). Já os ministros negros também foram três: Pedro Lessa e Hermenegildo Barros, na primeira metade do século 20; e, mais recentemente, Joaquim Barbosa.
São Paulo é o estado em que mais ministros da atual composição nasceram (quatro). Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul aparecem, em seguida, como unidades federativas de origem mais comuns, com dois magistrados nascidos em cada estado. Já a Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) são as instituições de ensino superior em que mais ministros se graduaram em Direito.
Marlen Couto/O Globo — Rio
