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domingo, dezembro 28, 2025

O fim dos jornais impressos

No Brasil, o tradicional jornal Jornal do Brasil foi um dos primeiros a 'aposentar' suas edições impressas

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Tente lembrar… Quando foi a última vez que você comprou um jornal em uma banca? É bem provável que você tenha respondido que faz bastante tempo. Ou até que você nunca nem fez isso.

O padrão de consumo de notícias mudou muito nos últimos anos. O digital ganha cada vez mais espaço, à medida que a circulação de jornais físicos só cai.

Nos EUA, dois jornais estão fechando por semana, principalmente os que cobrem regiões pequenas. Com isso, o segmento fica ainda mais concentrado em grandes grupos — o que não quer dizer que a situação deles esteja tranquila.

Talking numbers… O setor caiu de um faturamento anual de US$ 50 bilhões, em 2005, para cerca de US$ 20 bilhões hoje.
• No mesmo período, mais de um quarto dos jornais dos EUA fecharam. Nesse ritmo, em 2025, o número total de empresas do setor será de um terço do que é hoje.
Além disso, ainda neste intervalo de 2005 a 2023, houve uma queda de 70% no número de empregos do setor — principalmente editores das redações.

É a lógica acontecendo


Com a redução da circulação de jornais, os cortes de empregos vieram. Nos últimos 20 anos, milhares de pessoas envolvidas na produção física de jornais perderam seus empregos.
Dos mais de 400 mil empregados que a indústria jornalística dos EUA tinha no início século, restam menos de 90 mil.
• Nesse meio tempo, veículos de mídia digitais ganharam bastante espaço, como BuzzFeed, Vice e Vox.

Mas não tá fácil pra ninguém… Os três tiveram que fechar divisões e demitir funcionários. No caso da Vice, o buraco foi ainda mais embaixo. O negócio, avaliado em quase US$ 6 bi, está falindo, enquanto luta para encontrar alguém interessado em comprá-la.

Na contramão da crise


Apesar de ser um grupo de mídia tradicional, o The New York Times, com seus mais de 170 anos de existência, manteve o posto de maior circulação impressa diária.
• Para se manter no topo, eles estão em constante adaptação. Há cerca de duas semanas, o NYT anunciou o fim de sua editoria de esportes — tanto no jornal impresso quanto online.
E tem muito a ver com digitalização. A cobertura de esportes do grupo será feita pelo The Athletic, marca adquirida no início do ano passado por US$ 500 milhões. O mais tradicional ficou sem espaço.

Agora, quem trabalhava na divisão fechada deve ser transferido para o The Athletic, cujo foco será em outros tipos de notícia e de alto impacto empresarial.

Falando nessa transição… 2020 foi o primeiro ano em que a receita de assinaturas digitais do NYT superou a dos impressos.

De qualquer forma, o foco está no digital… distribuição das notícias é mais rápida — praticamente instantânea — e gratuita; a informação é descentralizada, quando comparamos com quando poucos grandes grupos dominavam canais mais tradicionais; e outros canais mais alinhados ao padrão de consumo das pessoas, como o TikTok ou o Twitter, estão ganhando espaço.


Hoje, cerca de 40% da receita com anúncios dos jornais vem do digital. Há 10 anos, era menos da metade disso.

Texto publicado na revista Meio e Mensagem

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