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Dourados
sábado, dezembro 27, 2025

Enfim, um diagnóstico para o eleitorado douradense: Alzheimer eleitoral!

Diagnóstico é um contraponto à afirmação de um jornalista da capital, de que Dourados é terra de gente ignorante

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Outro dia só não fui na jugular de um colega escrevinhador de Campo Grande porque estávamos na plateia da Assembleia Legislativa, além do que o dito cujo é de uma lhaneza ímpar. A derrapada que arranhou a elegância do decano Manoel Afonso se deu quando discutíamos a esquisitice do eleitorado douradense que deixou de votar em Zé Elias Moreira para governador, nem bem ele terminara a administração que marcaria época em Dourados – e só por isso ele foi o ungido do governador Pedro Pedrossian para concorrer à sua sucessão na primeira eleição direta para o governo do MS – o mesmo eleitorado que anos depois elegeria Ari Artuzi – um “animal de pelo curto”, na visão do então governador André Puccinelli – prefeito de Dourados.

“Gente ignorante”. Embora, como bom filho do Jaguapiru, tenha tentado contra-argumentar, voltei para casa com aquilo atravessado na garganta. Eleitor tinhoso, difícil, etc. tal, tudo isso já escrevi aqui. Mas, como chamar de ignorantes os eleitores-habitantes da cidade que nos bons tempos do professor Laerte Tetila na prefeitura ganhou o título de Cidade Educadora, um sonho do professor Wilson Biasotto, e, entre outras coisas, por conquistas como a UFGD (implantada pelo governo Lula). A mesma cidade que é sede da Universidade Estadual do estado, uma instituição fruto do ideal de um professor, quando deputado estadual ainda pelo Mato Grosso uno, Celso Muller do Amaral; Dourados que é sede da Unigran, uma das Universidades particulares mais bem ranqueadas da região Centro Oeste, enfim, Dourados hoje um polo universitário do interior do Brasil?

Tudo, menos gente ignorante! E antes que me acusem de estar “jornalistando” em causa própria, por ser pai de um médico neurologista (dr. Rodrigo da Silva Melo), a especialidade que trata a doença em pauta, esclarecendo que o diagnóstico de Alzheimer eleitoral é de um cardiologista. A porrada de Manoel Afonso foi tão forte que meu coração entrou num daqueles períodos de desassossego só comparado ao do apaixonado que se deleita na noite com “a dama de vermelho”, não por coincidência uma música cujo sucesso foi mais estrondoso ainda por conta da censura da ditadura militar de 64.

Como meu cardiologista é também um de meus mais ilustres leitores, consegui um encaixe para uma consulta ontem à tarde. E ele veio logo perguntando: “E o Ferrinho, leva  essa?”. Cá meus botões, fiquei me perguntando se tanto otimismo era pela amizade em comum com o mais inusitado dos prováveis candidatos à sucessão do prefeito Alan Guedes ou se está virando, de verdade, a candidatura a prefeito de Archimedes Lemes Soares, o Ferrinho.

O diagnóstico de que o problema do eleitor douradense é “Alzheimer eleitoral” veio antes do de que minhas dores no peito podem ser qualquer outra coisa na região torácica, menos o coração. Só por isso, sem precisar prescrever alguma medicação extra ou exames, até para que seu coração também não entre em desassossego, o cardiologista se deteve em algumas observações quanto a situações que Dourados, por seu potencial econômico, não merece continuar passando. Até para que sua boa gente e os que abundam do Brasil e do mundo, mas que se doem pela cidade, sintam orgulho de viver na terra de seu Marcelino, como pregava o ex-prefeito Braz Melo.

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