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sábado, maio 24, 2025

Pesquisa e história atestam a força da candidatura de Ferrinho à sucessão de Alan Guedes

Ex-presidente da Câmara reafirma intenção de desagravar o fenômeno eleitoral Ari Artuzi,

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Diferentemente do general ex-presidente da República João Figueiredo, que fechou o ciclo da ditadura militar, aquele que dizia preferir o cheiro de cavalo ao cheiro do povo, o pré-candidato a prefeito de Dourados Archimedes Lemes Soares, o Ferrinho, gosta, até demais, desse cheiro de sovaco. Com ou sem desodorante. E não apenas agora, quando inicia sua caminhada rumo às eleições de 2024. Essa é uma condição inata desta que é uma das figuras mais populares e controversas da política douradense, vereador e presidente da Câmara por dois mandatos, período que acumulou, também por duas vezes a condição de vice-prefeito, quando George Takimoto, vice de Luiz Antônio Gonçalves, deixou o cargo para ser vice-governador de Marcelo Miranda, depois quando Sebastião Nogueira, vice de Braz Melo, assumiu uma cadeira na Assembleia Legislativa.  

Mas não é só por seu currículo que o sempre irrequieto Ferrinho tem chances de concorrer de igual para igual com os bambambãs da política local. O mais recente dado a comprovar isso: uma pesquisa do Instituto Ranking, publicada na imprensa da capital semana passada, que mede a popularidade dos administradores e legisladores do estado, garante que o prefeito Juliano Ferro, de Ivinhema, tem sua administração aprovada por 96,4 por centro dos munícipes, com 75% das intenções de votos para se reeleger ano que vem. E quem é Juliano Ferro? Ele mesmo, o autointitulado prefeito “mais louco do Brasil”. Aliás, o Mato Grosso do Sul tem outros casos emblemáticos de prefeitos “fora da casinha”. Começando pelo folclórico Aires Marques, em Ponta Porã, pelo rico anedotário envolvendo sua boa administração, passando por Luiz Gonzaga Prata Braga, em Maracaju, para chegar em Dourados, no fenomenal Ari Valdecir Artuzi. Prata Braga ganhou notoriedade em Maracaju nos anos 1970/80 com o slogan “administrando com loucura”. Deixou sua marca, com a construção do Estádio “Loucão”. Ari Artuzi, além de “louco”, era conhecido como “animal do pelo curto”, apelido dado pelo então governador André Puccinelli, outro também considerado fora dos padrões entre os que, investidos no poder, precisam seguir uma certa liturgia do cargo. Longe disso, Puccinelli, governador, chegou ao cúmulo de recepcionar um ministro de estado no aeroporto, depois oferecendo carona em sua famosa “Ferrari”, um Uninho vermelho, velho, com a porta amarrada por uma piola. Nem é preciso alongar os exemplos de “loucuras”, nesses tempos bolsonaristas e de retorno do lulopetismo, no estado que deu ao Brasil o mais “doido” de seus presidentes – Jânio da Silva Quadros, que renunciou ao mandato com apenas noves de governo depois de um porre no Palácio da Alvorada. “Fi-lo porque qui-lo”, teria dito, naquela que passaria à história como a mais emblemática das frases do português rebuscado do mais ilustre dos campo-grandenses que informava ter nascido em Miranda mas que se dizia também corumbaense.

Nesse contexto de excentricidades – que o eleitorado parece adooooraaar, como diz um impoluto e incógnito assessor do prefeito Alan Guedes – e diante de tantas desilusões e frustrações com algumas das últimas administrações, não tem como não levar à sério uma pré-candidatura que é da essência desse tal de povão. Povão que muitos dos que estão querendo concorrer com Ferrinho só dão importância às vésperas dos pleitos eleitorais. Pelo visto, aquela que talvez seja a maior credencial para ser prefeito hoje, Ferrinho tem: uma capacidade ímpar de dialogar. Tanto com esse mesmo povão, como com políticos de todos os quadrantes partidários. Originário da ARENA/PDS, os partidos que sustentaram a dita “Revolução” de 64, ele sempre transitou com desenvoltura entre emedebistas, depois pedetistas-brizolistas, comunistas e, por último entre bolsonaristas e lulistas. Um craque em negociações de bastidores. Se virar prefeito, já entra na prefeitura com maioria na Câmara, com garantia antecipada da tal governabilidade.

Malufista de carteirinha, por ligações de sua família (o primo Valter Lemes, da empresa Andorinha, foi prefeito de Presidente Prudente e líder do governo na Assembleia Legislativa de São Paulo) com o ex-governador Paulo Salim Maluf, que sempre ensinou que o grande segredo do sucesso é acordar cedo e dormir tarde, Ferrinho, ao raiar do sol já visitou pelo menos três padarias e bateu pernas na periferia. Conhece a cidade na palma da mão, os líderes de bairros pelos nomes, da mesma forma todas os becos, ruas e avenidas. Onipresente, percorre diariamente os condomínios fechados, os maiores bairros e, principalmente, as comunidades mais carentes, como as da “Nova Esperança”, ou “Vila Querosene”. Tanto assim que torce para que um de seus adversários seja o emedebista Renato Câmara, isto depois que o deputado quantificou, recentemente, o número de buracos das maltratadas ruas e avenidas da periferia. Ele garante ter a fórmula mágica para tirar Dourados da inhaca em que a cidade vive nos últimos anos. “Se é praga do Artuzi [o ex-prefeito segundo ele vítima de uma das maiores injustiças da história], vamos fazer um desagravo a ele, na pior das hipóteses, terminando os projetos que ele começou”, citando, como exemplo, uma grande avenida ligando a região do Shopping Avenida Center à BR-463, prometendo reativar os programas habitacionais, pavimentar e recapear ruas e avenidas – “a palavra tapa-buracos estará proibida em minha administração”, garante  – mas, prioritariamente, a grande obsessão de Artuzi,dar uma atenção especial à saúde pública. Palavra de pré-candidato. A conferir.

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