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sábado, novembro 23, 2024

Isa Marcondes, o fenômeno que pode pôr em perigo a reeleição de Alan Guedes

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Por essa o prefeito Alan Guedes não esperava. Para quem aposta tudo em seu legado e que acredita na repetição da “tradição” de que esquema do governo do estado não funciona em Dourados, ganhar mais uma dos tucanos seria mais fácil que tomar doce de criança. Sim, porque do professor petista, ‘amigo do Lula’, Tiago Botelho, já corre à boca pequena que pode até ser seu candidato a vice! Ferrinho? Um fato “novo”, ainda mais agora que está seguindo rigorosamente a dieta para perder uns quilinhos, prescrita pelo lendário médico e cabo eleitoral George Takimoto. Mas… e Isa Marcondes? A mais nova especulação surgiu depois de uma postagem da desbocada cavala (como ela se apresenta nas redes sociais) com o deputado João Henrique Catan. No Instagram, a dona de uma casa de shows (dessas em que a freguesia pode se deliciar com lindas beldades deslizando no pole dance antes de uma noite entre lençóis macios, travesseiros soltos e roupas pelo chão) apenas elogiou a postura do neto do ex-governador Marcelo Miranda como um dos mais aguerridos defensores da causa bolsonarista no estado. Pelo tom, dizendo que “por ele põe não só a mão no fogo, mas também a bunda”, poderia até estar se referindo a uma possível candidatura do guri à prefeitura de Campo Grande. Mas, como Isa já tomou o gosto pela política, inclusive disputando uma vaga no Jaguaribe, como é chegada do ex-vice-governador Murilo Zauith e, mais, como o eleitor douradense já mostrou que gosta desse tipo de excentricidade, vai que cola. Para um fenômeno das redes sociais virar fenômeno eleitoral é só uma questão de impulsionamento. Nenhum problema para uma empreendedora como ela, que ainda faz sucesso com a mais antiga das profissões da humanidade.

Drama petista – Partido que já elegeu um dos melhores prefeitos da história da terra de seu Marcelino (o professor “major” Laerte Tetila), o PT continua seu drama existencial. Manter o nome inicialmente colocado, do professor Tiago ‘amigo do Lula’ Botelho ou emprestá-lo como companheiro de chapa de Alan Guedes, como defendem algumas das correntes internas, além de uma hipotética candidatura do vereador Elias Ishy, no caso, mais para garantir a representatividade, hoje do próprio Ishy, no Jaguaribe. Diante dessa encruzilhada, mais preservado que nunca, o nome da deputada Gleice Jane, como reserva técnica.

Dodói? – “Quem não gosta do samba, bom sujeito não é… é ruim da cabeça ou doente do pé…” O refrão do famoso “Samba da Minha Terra”, de  Dorival Caymmi, vem a propósito de comentários que começam a circular nos bastidores da política estadual quanto ao estado de saúde do deputado Geraldo Resende. Isso pelo recrudescimento de seu discurso. Não apenas quanto à sucessão municipal em Dourados, com aquela história do “dedo podre” do eleitorado, mas, principalmente, depois da denúncia da avaria proposital de equipamentos hospitalares do sistema público de saúde para beneficiar a rede privada.

Beto na cabeça – Se em Dourados os tucanos continham se engalfinhando no ninho para ver quem tem mais condições de encarar o prefeito Alan Guedes, em Campo Grande a candidatura do deputado federal Beto Pereira é tida como a melhor para defenestrar a prefeita Adriane Lopes. Aos que apontam para o bairrismo dos campo-grandenses, pelo fato de o filho do senador Walter Pereira ser visto como ex-prefeito de Terenos, os tucanos contrapõem com os exemplos de André Puccinelli e Reinaldo Azambuja. Puccinelli, que virou prefeito da capital depois de derrotado numa eleição para prefeito de Fátima do Sul. Azambuja, duas vezes prefeito de Maracaju, que também tentou repetir o feito em Campo Grande, mas que a exemplo de Puccinelli também se elegeu duas vezes governador do estado.

Trauma – Talvez por essa experiência malsucedida lá atrás para a prefeitura de Campo Grande é que o ex-governador Reinaldo Azambuja desautorize qualquer articulação nesse sentido. O máximo que vai fazer, como maior agente político do estado, é aproveitar a eleição deste ano como trampolim para o salto para o Senado em 2026. Aliás, Azambuja vem fazendo isso com bastante desenvoltura, no projeto tucano de conquistar o maior número de prefeitos e vereadores este ano. Tanto para o PSDB como para os partidos aliados. Como fez semana passada, recebendo pré-candidatos à Câmara Municipal de Campo Grande, na sede do partido.  

Isa Marcondes, o fenômeno que pode pôr em perigo a reeleição de Alan Guedes
Ex-governador Reinaldo Azambuja, com a pré-candidata a vereadora da capital, Viviane Diniz Fontoura (foto: Assessoria)

Dobradinha – Assim, por uma dessas voltas que o mudo da política dá, a eleição para o Congresso Nacional em 2026 poderá ter uma dupla imbatível em Mato Grosso do Sul. Os ex-governadores Reinaldo Azambuja para o Senado e André Puccinelli para a Câmara Federal. Isto se Puccinelli deixar de ser turrão e aceitar dobrar com Azambuja, de quem sempre desconfiou por sua prisão em 2018. Aliás, Azambuja já garantira eleger Puccinelli deputado nas eleições passadas, para que ele desistisse de disputar o governo do estado.

Por cima – Famoso por visitar a periferia de Campo Grande num fiat Uno caindo aos pedaços (antes de ganhar um novo, dos funcionários, ao deixar o governo), André Puccinelli agora tem um novo brinquedinho, para reavivar a memória dos eleitores da capital: um drone. Enquanto Azambuja não formaliza o convite para a dobradinha, posando de candidato a prefeito.

Binacional – Mesmo impugnado pela Justiça Eleitoral brasileira pela doação que fez a um amigo candidato a prefeito em Goiás, há alguns anos, o Ceo da UCP (Universidade Central do Paraguai), Carlos Bernardo, continua se insinuando como candidato a prefeito. De Dourados, de Ponta Porã ou até mesmo de Pedro Juan Caballero, onde está o grosso de seus investimentos. Como seu projeto é de longo prazo, não está nem aí para a impugnação temporária. Enquanto isso, amplia sua área de atuação empresarial. Além da Faculdade de Medicina e do agronegócio, comprou uma estação de rádio em Dourados, um time de futebol profissional no Paraguai e uma frota de caminhões, já de olho na bioceânica.

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