O Podemos anunciou neste sábado que Soraya Thronicke vai concorrer à presidência do Senado. Essa é primeira candidatura lançada oficialmente. A senadora, porém, deve enfrentar nomes como Davi Alcolumbre (União-AP), Eliziane Gama (PSD-MA) e o líder da oposição, Rogério Marinho (PL-RN), que já vem se movimentando nos bastidores.
O Senado brasileiro nunca foi presidido por uma mulher. Além disso, apenas uma senadora, até hoje, disputou o posto: em 2021, Simone Tebet (MDB/MS) perdeu a votação para Rodrigo Pacheco (PSD/MG), que reelegeu-se no ano passado — uma única recondução ao cargo é permitida. Thronicke, e possivelmente Eliziane Gama, podem se juntar a Tebet na lista.
O anúncio da postulação de Thronicke, que em 2022 concorreu à Presidência da República, foi feito pela presidente da sigla, Renata Abreu, durante evento em São Paulo do Podemos Mulher.
— Vamos começar um movimento de organização de campanha, de um por um. E sonhamos, sim, em eleger a primeira senadora mulher na presidência do Senado. Porque a gente tem coragem — afirmou Abreu.
Um dia depois do Dia da Mulher, festejado nesta sexta-feira, 8 de março, a presidente do Podemos prosseguiu em tom engajado. Abrigando parlamentares de situação e de oposição em suas fileiras, Renata Abreu também prometeu, em caso de vitória, uma atuação independente em relação à gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT):
— A gente não vai abaixar a cabeça para senador nenhum. Porque a gente não vai sofrer pressão de governo nenhum, porque a gente não deve nada a ninguém.
Bruno Alfano/O Globo