A interrogação, mesmo que esquisita – com o nome do vice-governador Barbosinha precedido pela vogal, entre parêntesis – remete à inesperada nomeação de Benedito Valadares como interventor de Minas Gerais, pelo presidente Getúlio Vargas, no longínquo 1933. Agora, ante a possibilidade de uma reviravolta no quadro sucessório em Dourados, com a cúpula estadual do PSDB tentando enfiar o nome do radialista Marçal Filho goela abaixo dos tucanos locais (com o deputado federal Geraldo Resende puxando a fila dos descontentes) seria o caso ilustrar essa a decisão do presidente Vargas com um episódio mais recente da República, no período da redemocratização quando, sempre que se sentia contrariado, o general-presidente João Figueiredo ameaçava: “qualquer coisa chamo o Pires”, numa referência a seu ministro do Exército, o general Walter Pires. Daí à pergunta que não quer calar: “Será que o Riedel vai chamar o Barbosa?
Chamego – A foto que ilustra esta coluna é daquelas que a cúpula estadual tucana gostaria de deletar. Uma imagem que vale por mil palavras. Não bastassem os calafrios por isso, o conteúdo do texto preparado especialmente pelo jornalista Clóvis de Oliveira ainda sob a emoção da surpreendente da indicação do então deputado Barbosinha como candidato a vice-governador, dois anos atrás. E lá o então candidato Riedel assevera: “História de serviços credencia Barbosinha”.
Ainda dá tempo! – Agora, como plenipotenciário, que não veio para ser mais um poste das invernadas de Azambuja, basta que Riedel “chame o Barbosa”. Isto, se quiser tentar evitar o terceiro fiasco consecutivo em Dourados.
Pra quem sabe ler… – Mesmo dizendo que já comunicou ao governador Eduardo Riedel que não pretende mais disputar a sucessão do prefeito Alan Guedes, o vice-governador Barbosinha continua dando seus pitacos na política. Para repercutir sua mais recente entrevista à FM de Antônio Tonanni, sábado passado, o mesmo Clóvis de Oliveira manchetou seu release com as explanações de Barbosinha quanto à presença do governo do estado em Dourados: “Questões partidárias não podem atrapalhar o desenvolvimento”.
… um pingo é letra – Isto, poucos dias depois de o mesmo Barbosinha receber em seu gabinete, em Campo Grande, seu arquirrival Alan Guedes, para tratar do andamento das obras que o governo do estado vem executando em parceria com a administração municipal.
Sonho meu… – Com isso cai por terra o provável discurso do eventual candidato tucano Marçal Filho, da sempre tão necessária governabilidade, para a qual é imprescindível o alinhamento com o governo do estado. Ou seja, o sonho de Marçal já está se transformando em realidade, com o prefeito Alan Guedes, em que pese a sede de vingança do representante do azambujismo em Dourados e patrono da pré-candidatura tucana, o deputado Zé Teixeira.
Espelho meu – A propósito do coronelismo que ainda contamina a política e dificulta a pré-candidatura Marçal Filho, chega a ser risível, no mínimo, o discurso de bolsonaristas como o deputado cassado Rafael Tavares contra a “velha política”. Ora bolas, o que é o bolsonarismo senão o sucedâneo da velha e “marvada” UDN, que patrocinou o golpe de 1964 no Brasil contra o presidente João Goulart?
Agora vai! – Médico e ex-governador André Puccinelli candidato a vereador em Campo Grande. Médico e ex-vice-governador George Takimoto candidato a vereador em Dourados. A saúde pública agradece. (Isso é só a chamada para um textão a respeito do papel desses dois ícones da política do MS).