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quinta-feira, setembro 12, 2024

As várias interpretações de uma mesma pesquisa eleitoral

Primeira rodada do Instituto Ranking gera interpretações diferenciadas dos candidatos

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Quem assistiu ao Jornal Nacional da rede Globo nesta segunda-feira não precisou esperar a moça do tempo entrar para informar que assim como os meteorologistas analisam as variações do clima os Institutos de Pesquisas têm a função de medir a temperatura durante uma disputa eleitoral. “Um dia que começa com sol, pode terminar com chuva”, disse a repórter logo na abertura do JN, para encerrar a matéria com uma frase que é de dar calafrios em todos os candidatos: “como não dá pra saber como vai ficar o tempo daqui a um, dois meses, a pesquisa eleitoral também não faz previsão de quem vai ganhar as eleições, ela apenas vai dando ao eleitor informações sobre cada momento da disputa até a hora de ir às urnas, porque basta um vento mais forte para mudar os rumos de uma eleição inteira”.

Ou seja, identifica padrões e antecipa movimentos, com métodos puramente científicos. Outra informação importante no JN, dada pelo diretor da Quest (antigo Ibope), Felipe Nunes, e que interessa particularmente aos candidatos de Dourados, é a de que os institutos passaram a incorporar informações do comportamento dos eleitores em pleitos anteriores e, também, por conta do crescente número de abstenções – na faixa de 30% – um novo modelo que ajusta a estatística em relação à probabilidade, de olho naquele eleitor que diz que vai votar depois nem aparece.

Tudo isso com os números ainda quentinhos da última pesquisa Ranking, do MS, medindo a temperatura da disputa pela sucessão do prefeito Alan Guedes, isto já captando os primeiros movimentos dos candidatos, depois das convenções. Também, com ventos assustadores já começando a balançar alguns palanques. Alguns, até ameaçados de destruição total, com a previsão de novas renúncias bem ao estilo “Archimedes Ferrinho” daqui para o final da campanha. Tudo a depender também dos números destas mesmas pesquisas, e o limite são os tão sonhados dois dígitos. Para o abandono, puro e simples, ou para o início da campanha do voto útil.

Mas, afinal, para quem vai o voto útil? Eis o X da questão, aí voltando a história da famosa e indigitada mala preta. Sim, o gordinho do Bolsonaro não deve ser o único sortudo nessa história, ainda tem gente afundando o trecho entre Dourados e Campo Grande, pois é de lá que vem a dita cuja.

Quanto aos números da primeira pesquisa Ranking, já com a campanha em andamento, não trazem novidades. Até porque a lei da física é fatal, tudo o que sobe desce, da mesma forma que para quem está no fundo do poço a única coisa a fazer é parar de cavar e tentar voltar à superfície.

Mas não deixa de ser interessante a reação dos candidatos em relação aos números, uma estratégia de usar a pesquisa como instrumento para influenciar os votos indecisos.

O release distribuído pela assessoria de Alan Guedes fala em “mudanças significativas no cenário eleitoral”, informando que “o prefeito registrou um aumento nas intenções de voto, enquanto o até então líder, Marçal Filho, sofreu uma queda nos números”. A queda do tucano foi de 43,2% para 39,7%, enquanto que seu principal opositor, Alan, subiu de 18% para 22%.

A assessoria de Marçal Filho optou por abastecer os veículos locais com uma notícia de um site de Campo Grande, estampando a manchete “Pesquisa eleitoral aponta Marçal Filho na liderança”, mas desdenhando dos adversários, “informando” que Alan Guedes e Bela Barros seguem na disputa, destacando que o prefeito continua líder, mas na rejeição.

Já a assessoria do PT aproveitou as redes sociais para comemorar o fato de Tiago Botelho ser “o candidato que mais cresce” nas pesquisas. Saltou de 1,3% para 8,4%. Botelho aposta todas as suas fichas no vice, o ex-prefeito Laerte Tetila e, claro, no fato de ser o “amigo do Lula”.

Veja pesquisa completa:

Pesquisa registrada para Prefeito de Dourados 2024; veja os números – Diário MS News (diariomsnews.com.br)

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