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sexta-feira, setembro 13, 2024

Apoiada por ministro de Lula, Bela promete atropelar Alan para depois pegar Marçal

Terceira colocada na disputa, a candidata pedetista almoçou ontem com o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, em Campo Grande

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“O Alan que se cuide, já já, daqui uns dez dias, ultrapasso ele nas pesquisas, e o Marçal também não perde por esperar, porque o dele está guardado para a reta de chegada da campanha”. Tanto ufanismo, da candidata pedetista Bela Barros, nem bem feita a digestão de um lauto almoço com o ministro da Previdência Social do governo Lula e presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, só mesmo de quem, em vez da tão procurada mala preta, deve ter conseguido enxergar algum passarinho verde colorindo ainda mais as revoadas de arraras azuis no céu de Campo Grande.

Outra pista para o ufanismo de Bela Barros: ao lado dela, almoçando com o brizolista Carlos Lupi, seu colega pedetista, também candidato a prefeito, só que de Ponta Porã, o sempre generoso Carlos Bernardo, poderoso CEO da UCP – a Universidade Central do Paraguai. Bela deve estar esperando o retorno, ops!, do apoio que deu a Bernardo em sua campanha passada para deputado federal, o que não deve se limitar apenas ao “empréstimo” do prédio por ele utilizado como comitê de campanha, onde agora funciona a coordenação da campanha dela, em ponto estratégico no centro de Dourados.

Apoiada por ministro de Lula, Bela promete atropelar Alan para depois pegar Marçal
Ministro da Previdência Social, Carlos Luppi, candidata a prefeita do PDT em Dourados, Bela Barros e candidato do PDT a prefeito de Ponta Porã, empresário Carlos Bernardo (foto: assessoria)

Ufanismo ou arroubo, o fato é que Bela Barros estava esfuziante no retorno de Campo Grande. Aproveitou para afastar de forma peremptória as “conversas de padaria”, segundo ela, que ainda alimentam “fuxicos” de que estaria “acertada” para ajudar na eleição de Alan Guedes ou, como correu mais recentemente, na mesma “rádio peão”, de que poderia abrir mão da disputa para favorecer Marçal Filho.

Admitiu conversas – “o que é natural em política, principalmente em fase de pré-campanha” – com ambos os lados, mas sem que se chegasse a um acordo:

“Esperamos sim, e muito, pelo Alan, também conversamos com o pessoal do Azambuja (ex-governador), com o Sérgio (De Paula), mas nada conclusivo”, lembrou Bela, cuja candidatura ficou mais encorpada depois do apoio de seu ex-colega de presidência da Câmara, Archimedes Ferrinho Lemes Soares, que além de desistir da disputa cedeu um de seus candidatos a vereador para ser o companheiro de chapa dela, como candidato a vice-prefeito, o Paulão do (Supermercado) Chama.

Esgotadas as tentativas de negociações, primeiro com a possibilidade de ser candidata a vice-prefeita de Alan Guedes, depois recusando o convite do deputado Zé Teixeira para se filiar ao PSDB ou a um dos partidos da base aliada, onde ficaria em stand-by, também como possível vice de Marçal, Bela disse que preferiu seguir sua intuição e tentar, pela segunda vez, transformar em realidade seu grande sonho, o de ser prefeita.

“O que deixa essa gente brava – ‘Alan, Azambuja, Zé Teixeira & Cia.’ – é que hoje nossa família está estabilizada; não estamos atrás de dinheiro”, disse a candidata, que pilota as cozinhas de uma rede de restaurantes em Dourados e Campo Grande. “Claro que não é fácil tocar uma campanha contra duas máquinas – a do governo do estado e a da prefeitura”, disse a Bela, mas garantindo que o que lhe dá a certeza da vitória são as manifestações espontâneas de apoio e de voto, vindas, segundo ela, principalmente das famílias mais tradicionais e das pessoas mais humildes da periferia, beneficiadas pelo amplo trabalho social por ela realizado, independente de estar ou não em cargos públicos.  

Bela Barros foi vereadora em Dourados, candidata a vice-prefeita de Murilo Zauith, em 2008, contra o fenômeno Artuzi, além de deputada estadual. É a segunda vez que disputa a prefeitura, a primeira tentativa foi em 2004, a única candidata, mesmo com o empresário Celso Dal Lago de vice, que teve coragem de enfrentar a máquina do governo Zeca do PT na reeleição de Laerte Tetila.

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