Pelo barulho nunca antes tão grande na história como nessa campanha, pelo alto não do salto, mas da condição de maioria do eleitorado, elas deverão assumir o protagonismo na próxima legislatura municipal. Não com a histrionice da suplente Tânia Cristina, solitária oposicionista de ocasião, que tenta imitar o jeito de ser da deputada Lia Nogueira, de quem herdou a cadeira de vereadora, mas com a bagagem de quem já esteve em cargos executivos, como Daniela Hall, que já foi presidente da Casa e que deixou o atual mandato temporariamente para adquirir mais experiência, ainda, como secretária de Assistência Social da administração Alan Guedes. Ou como sua colega de secretariado, Ana Paula Benitez, que se orgulha de sua passagem pela Educação, pasta considerada uma das mais problemáticas, onde diz ter acabado com o famoso “jeitinho brasileiro”, por isso tida como uma das mais fortes concorrentes à vereança.
Caso Tânia Cristina consiga se eleger dessa vez, e, ante a expectativa da eleição de outra que também ficou na poeira nas eleições passadas, mas tão ou mais histriônica que a suplente de Lia Nogueira, aí sim a barulheira vai ser generalizada. Ela mesmo, Isa Marcondes, autointitulada “Cavala”, que como candidata já é uma das que mais infernizam a vida do prefeito Alan Guedes.
Como barulho pouco é bobagem, bem provável que de palco preferencial para discussões em torno de nome de ruas e de outorga de questionáveis condecorações o plenário do Jaguaribe se transforme num verdadeiro bordel, mas, isso, por mais herege que possa parecer, só em caso de retorno, ops!, do pastor Sérgio Nogueira.
Mas… como assim?, dirá o leitor menos antenado. As fotos montadas no topo deste post são bem didáticas quanto a isso. Muito mais que um prenúncio, que se diga, pelo caráter belicoso da poderosa Isa Marcondes, dona de uma famosa casa noturna da cidade. Porque, neste caso, ela estaria no dia a dia frente a frente com o pastor cuja reeleição é uma incógnita exatamente por sua reiterada condição homofóbica. A menos que Cavala abaixe o tom, por uma questão de coerência, pelo tanto que é apaixonada pelo sempre belicista Jair Bolsonaro.
Diferente de Tânia Cristina e de Cavala, discreta, mas cortante não apenas no falar como também no olhar, a professora petista e sindicalista militante Maria Suely já vai avisando que não é candidata apenas para cumprir cotas, partidária, de gênero ou de cor, já adiantando a que vem. “Assim como o prefeito, o vereador é um empregado do povo, para ajudar nas demandas da população, na execução do plano de governo, mas sem deixar de cumprir com seu papel primordial, que é fiscalizar a aplicação – pela câmara e pela prefeitura, ela faz questão de frisar – do dinheiro público, para poder cobrar com responsabilidade, sem politicagem”, alertando que com ela não terá esse negócio de bancada de sustentação, mesmo que o eleito seja o “companheiro” Tiago Botelho.
Outra que avisa não estar para brincadeiras é Karla Gomes, a “Karlinha dos pets”, como é conhecida. Se a colega de caminhada Maria Suely tem o apoio do ex-governador Zeca do PT e do deputado Vander Loubet, ela bate no peito, orgulhando-se do apoio da senadora Tereza Cristina e do deputado Zé Teixeira. “Mas antes de tudo e de todos, pelos meus bichinhos”, diz ela, sempre esfuziante e saltitante aonde chega para pedir votos, rapidinho, fazendo o contraponto àqueles que perdem horas e horas, diariamente, em pontos como a padaria do fuxico, à espera da tal mala preta. “É na sola da bota, na palma da mão (o santinho), com o sorriso na cara”, diz ela parafraseando um sucesso antigo de Rionegro e Solimões.
