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domingo, outubro 6, 2024

Pesquisas indicam maior número de prefeitos reeleitos em 1º turno desde 2008

De acordo com levantamentos divulgados na véspera do pleito, 12 prefeitos podem ser reeleitos neste domingo

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Pesquisas de intenção de voto divulgadas ontem, véspera do primeiro turno, indicam a tendência de reeleição de mais da metade dos prefeitos de capitais, o melhor resultado para o continuísmo político desde 2008, segundo levantamento pelo jornal O Globo. Em 12 das 20 capitais onde prefeitos estão disputando a reeleição, os mandatários apareceram com pelo menos 50% dos votos válidos.

É o caso, por exemplo, do Rio, com Eduardo Paes (PSD); de Salvador, com Bruno Reis (União Brasil); e do Recife, com João Campos. Também registraram ao menos 50% dos votos válidos, levando-se em consideração as margens de erro, os prefeitos de São Luís, Eduardo Braide (PSD); Maceió, JHC (PL); João Pessoa, Cícero Lucena (PP); Florianópolis, Topázio Neto (PSD); Vitória, Lorenzo Pazolini (Republicanos); Rio Branco, Tião Bocalom (PP); Macapá, Dr. Furlan (MDB); Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB); e Boa Vista, Arthur Henrique (MDB).

Entre esses candidatos, os que ainda correm risco de decidirem a disputa em um eventual segundo turno são exatamente os dois candidatos das capitais da região Sul: Topázio Neto apareceu com 53% das intenções de voto em Florianópolis, enquanto Sebastião Melo, em Porto Alegre, teve exatamente 50%. Ou seja, de acordo com a margem de erro, ele pode ter desde 53% a 47%. Para ser eleito em primeiro turno, é necessário ter mais da metade dos votos válidos, isto é, desconsiderando nulos e brancos.

Por outro lado, alguns prefeitos tem reeleições praticamente garantidas. De todos, o que tem a maior intenção de votos válidos é Dr. Furlan, em Macapá. Pesquisa realizada pela Quaest aponta que ele terá 86% dos votos válidos. Em Maceió, João Henrique Caldas, o JHC, aparece com 77% dos votos, mesmo percentual de João Campos, em Recife, segundo a Quaest. O prefeito da capital pernambucana teve 80% das intenções de votos válidos no levantamento feito pelo Datafolha.

Com gestões bem avaliadas, João Campos e Bruno Reis praticamente não tiveram suas intenções de votos alteradas desde o início da corrida eleitoral, se mantendo com a preferência de cerca de sete a cada dez eleitores em todos as pesquisas realizadas.

Em situação oposta estão prefeitos como Edmilson Rodrigues (PSOL), de Belém; Rogério Cruz (Republicanos); e Dr. Pessoa (PRD), de Teresina, que devem ficar fora do segundo turno, segundo a Quaest. Outros candidatos, entretanto, ainda brigam por uma vaga no segundo turno, como é o caso de Ricardo Nunes, na capital paulista, e de Fuad Noman, em Belo Horizonte.

Caso os números se confirmem nas urnas, esse será o melhor desempenho de prefeitos na disputa à reeleição desde 2008. Há quatro anos, em eleição realizada durante a pandemia da Covid-19, seis prefeitos ganharam a eleição já no primeiro turno. Naquele ano, entretanto, 13 prefeitos tentaram a recondução ao cargo.

Em 2016, em meio à crise econômica e política que atingia o país, com o impeachment de Dilma Rousseff, sete dos 20 prefeitos conseguiram a reeleição no primeiro turno, ou 35%. O pior resultado em números absolutos aconteceu em 2012, quando apenas quatro conseguiram um segundo mandato. Contudo, naquela eleição apenas oito prefeitos tentaram a reeleição

Em contrapartida, em 2008, foram reeleitos 13 prefeitos já no primeiro turno entre os 20 candidatos, que também foi o melhor resultado proporcionalmente (65%) desde a primeira vez em que prefeitos puderam tentar a reeleição, nas eleições municipais de 2000.

Dimitrius Dantas/O Globo — Brasília

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