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quarta-feira, novembro 13, 2024

Zé Teixeira reforça a condição de Dourados como coadjuvante da política estadual

Deputado anunciou ontem que pretende concorrer novamente à vaga de primeiro secretário da Assembleia Legislativa

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Um dos maiores questionamentos sobre a rivalidade política entre Dourados e Campo Grande está exatamente na ambição dos chamados “douradenses”. Essa aspiração contraria a ordem natural das coisas, como se a conquista do poder precisasse ocorrer em forma de revezamento, simplesmente pelo fato de um político com domicílio eleitoral no segundo maior colégio do estado possuir um suposto direito adquirido, independentemente de sua densidade eleitoral ou competência para cargos como governador ou senador – os mais almejados por eles.

O exemplo mais recente é o do vice-governador do último mandato de Reinaldo Azambuja, o empresário “douradense” Murilo Zauith, cuja equipe chegou a cometer excessos, com chantagem até por meios escusos, como gravações ilegais, tentando “derrubar” Azambuja. Uma repetição só um pouco mais ousada do modus operandi de Braz Melo, que teria recorrido até ao “sobrenatural” quando foi vice-governador de Wilson Barbosa Martins, para assumir o governo.

Agora, uma nova investida vem do deputado Zé Teixeira, que busca retornar ao segundo posto mais importante da Assembleia Legislativa. Contudo, ao menos ele demonstra maior coerência e consciência do papel coadjuvante de Dourados no cenário político estadual, enquanto não surge outro douradense com a determinação e competência de um Walter Benedito Carneiro para presidir o Legislativo estadual. Walter Carneiro, aliás, cunhado de José Elias Moreira, o único cuja gestão como prefeito de Dourados serviu de credencial para disputar o governo do estado. Desde então (já se passaram 42 anos), todos tiveram que se contentar com o prêmio de consolação de cargos como vice-governador. De George Takimoto (vice de Marcelo Miranda), passando por Egon Krakhecke (de Zeca do PT), Braz Melo (de Wilson Martins) e Murilo Zauith (de André Puccinelli e de Azambuja), Barbosinha, o vice de Eduardo Riedel.

Mas por que Zé Teixeira, tão orgulhoso de seus oito mandatos consecutivos, não se lança na disputa pela presidência da Assembleia, em vez de sempre cobiçar a primeira secretaria? Nesta quarta-feira (8), o parlamentar afirmou ser a favor de um consenso para a escolha da nova Mesa Diretora da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS). “Humildemente”, declarou que, caso haja disputa, colocará seu nome à disposição para o cargo de 1º secretário. Será que seus anos ao lado do veterano cacique de Fátima do Sul Londres Machado não lhe serviram de aprendizado? Será que não aprendeu que este é o tipo de eleição que não se ganha com notícias na imprensa?

Zé Teixeira já ocupou a 1ª secretaria da ALEMS por oito anos consecutivos, acumulando experiência e resultados que o qualificam para disputar a presidência. Durante esse período, ele foi responsável pela transformação estrutural da Casa de Leis, liderando processos de informatização, reforma e acessibilidade do Palácio Guaicurus, além de realizar o primeiro concurso público.

A eleição para os membros da Mesa Diretora no biênio 2025/26 está marcada para o dia 13 de novembro. Atualmente, Zé Teixeira ocupa a 2ª vice-presidência da Casa de Leis. “Defendo o consenso. Neste momento, apoio a reeleição da mesa atual. Mas, se não houver acordo para o cargo de 1º secretário, coloco meu nome e meu currículo à disposição dos colegas”, afirmou o deputado.

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