25.3 C
Dourados
quinta-feira, janeiro 2, 2025

Barbosinha e Marçal podem ocupar o vácuo da liderança deixado por Totó e Zé Elias

Vice-governador, mas sempre de olho na prefeitura de Dourados, Barbosinha depende da administração Marçal Filho para definir seu futuro político

- Publicidade -

Com o deputado Zé Teixeira dando sinais de que vai pendurar as chuteiras e seu discípulo Murilo Zauith vivendo seu triste fim de Policarpo Quaresma, está aberta a disputa para quem vai empunhar o cetro, não apenas como governante, mas também como liderança de referência da Golden City. Pelas posições que ocupam, Marçal Filho, prestes a ser entronizado prefeito, e José Carlos Barbosa, o Barbosinha, vice-governador e potencial candidato a assumir o governo — seja daqui a seis anos ou antes —, ambos são candidatos naturais ao posto que um dia foi de João Totó Câmara e, depois, de José Elias Moreira: respectivamente, o mais respeitado líder político e o maior de todos os prefeitos.

Doze dias, apenas, separam Marçal Filho e Barbosinha em idade, uma coincidência que parece até obra do Grande Arquiteto do Universo. Justo como é, determinou que o mais idoso tivesse, primeiro, a oportunidade de assumir a prefeitura, já que o mais novo até tentou “burlar” esse critério de antiguidade ao furar a fila como candidato, em 2020. Sim, mesmo com toda a pinta de garotão, pop star do rádio, o futuro prefeito já é um sessentão: nascido em 14 de outubro de 1964. O vice-governador, por sua vez, nasceu em 26 de outubro daquele fatídico ano do golpe militar.

Depois de Totó e Zé Elias, houve algumas tentativas de consolidação de novas lideranças, até pelo critério de hereditariedade política. Totó “criou” Braz Melo, que foi tão bom prefeito em seu primeiro mandato que se credenciou como candidato a governador, embora não tenha chegado lá devido aos equívocos em sua própria sucessão. Zé Elias, por sua vez, não apenas bateu na trave como candidato ao governo na primeira eleição estadual pós-criação do Mato Grosso do Sul, mas também conseguiu fazer seu sucessor na prefeitura: Luiz Antônio Álvares Gonçalves.

Nesse ínterim, outra grande esperança do eleitorado douradense foi Murilo Zauith, empresário bem-sucedido, visionário na política, deputado estadual e federal. No entanto, perdeu-se ao assumir a prefeitura, frustrando a todos com dois mandatos seguidos e quase cheios, mas pífios, no pós-Uragano. Não conseguiu eleger o sucessor nem na prefeitura, nem preservar seu espólio político. Encerrou a carreira de forma melancólica, com seu prestígio medido pelos 86 votos do candidato que apoiou para a Câmara Municipal. Aliás, se não tivesse ficado esperando pelo “apoio” do grande amigo e chefe, por sua condição de presidente da União Douradense de Associações de Moradores, talvez José Nunes estivesse tomando posse como vereador nesta quarta-feira.

Outro que encerra a carreira de forma melancólica é o deputado Zé Teixeira. Ele nunca escondeu sua frustração por não conseguir se eleger prefeito, como seu irmão Humberto Teixeira, também deputado estadual, que deixou boas lembranças não apenas pela bela administração que fez, mas também pelo seu jeito respeitoso de lidar com aliados e, principalmente, pelo trato humano na política. Zé Teixeira sempre se impôs pelo poderio econômico, mas nunca conquistou a simpatia do eleitorado douradense. Tanto que, após uma eleição em que teve péssima votação na cidade, chegou a declarar que transferiria seu título eleitoral para Caarapó, onde possui uma grande fazenda de criação de gado.

Agora, legitimado por uma vitória esmagadora nas urnas e com a experiência de dois mandatos como vereador, um como deputado estadual e quatro como deputado federal, Marçal Filho tem quase a obrigação de subir ao pódio da história ao lado de seus correligionários Zé Elias e Braz Melo, além do petista Laerte Tetila — para alguns, o melhor de todos. No caso de Totó, Marçal assume a responsabilidade de fazer bonito e bem feito, não apenas por serem companheiros temporários de partido (PMDB), mas também por integrar, junto com ele e Alan Guedes, a trinca dos únicos douradenses da cepa eleitos prefeitos.

Político nato e administrador de competência comprovada, Barbosinha não se destacou apenas como prefeito de Angélica (o mais jovem do Brasil à época), mas também como gestor da Sanesul e secretário estadual de Justiça e Segurança Pública. Como vice-governador, ele assistirá à administração de Marçal Filho de camarote. E como bom corintiano, será como estar na Arena Neo Química, torcendo por um gol de placa de Marçal — quem sabe inspirado no de Memphis Depay, que encerrou a participação do Timão no Brasileirão deste ano. Porque de timão, convenhamos, Barbosinha entende como poucos!”

- Publicidade -
- Publicidade -
- Publicidade -

Últimas Notícias

Últimas Notícias

- Publicidade-