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Dourados
quinta-feira, março 27, 2025

Poema com chuva

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Numa quinta- feira ensolarada
Resolvi ficar bronzeada
Levantei de madrugada
E fiquei bem preparada
Pra pegar uma canoinha
Sem fazer firula ou ladainha
Vim para Pântano do Sul
Onde o mar é bem azul
Caminhei pela areia
Não vi nenhuma baleia
A água do mar estava morna
Mas o meu caldo entorna
Quando começa chover
Tive vontade de correr
Para as tralhas não molhar
Mas resolvi me abrigar
Num estacionamento de barco
Pois ali já era um marco
Onde sempre estaciono
É alguma coisa como
Para acompanhar a gelada
Eu já estava bem chateada
É quase embora eu fui
Mas daí chegou o Rui
Que declamou um lindo poema
Descobri que valia a pena
Esperar a chuva passar
Começamos a conversar
Um papo interessante
Pois na vida é importante
Ouvir histórias do povo
Não procuro pelo em ovo
Mas seu Rui é viajado
Pois foi até deportado
Lá da terra do Tio Sam
Ele disse: volte amanhã
Pois hoje não vai dar nada
Mas como sou desconfiada
Fiquei o sol esperando
E seu Rui me interrogando
Querendo saber de minha vida
E eu que sou atrevida
Já me pus a poetar
Esperando a chuva passar
Enquanto fazia versos
Mas o tal de universo
Conspirava contra mim
Então eu fiquei assim
Não sei se vou se fico
Mas a chuva num salpico
Não me dava esperança
Com essa destemperança
Que o clima nos apronta
Está chuva é ima afronta
É meu maiô de duas peças
Numa chuva que não cessa
Impediu de estrear
Mas por aqui vou ficar
Por causa da teimosia
Aproveito a maresia!

Odila Schwingel Lange/Graduada em Estudos Sociais e Ciências Jurídicas e Sociais pela Universidade de Passo Fundo, com mestrado em Historia pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. É fundadora e presidente da Academia de Letras do Brasil, seccional de Dourados.

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