Eu aqui a conversar com a tarde
Ouvir suas lamentações sobre o dia
E seus desfolhamentos sobre a noite
Os sons me atravessam
Como lembranças desconexas
Esse pertencimento de chão
Me zonZeia como a brisa que
Me veste
Sentidos nus esperando carinhos
Lábios sedentos de beijos
Como rio de terceira margem
Esperando pela chuva
Naquela época do ano
Em Que a brisa fica quente
E as borboletas florescem
Gicelma Chacarosqui – Pós-doc pelo ECCO, UFMT, Doutorado em Comunicação e Semiótica pela PUC/SP; Mestrado em Estudos Literários e Licenciatura em Letras Português Literatura Brasileira pela UFMS (1992). É professora Titular da UFGD.