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Dourados
terça-feira, abril 1, 2025

Marçal pede a Padilha um novo hospital, para substituir o velho — “da Vida”

Ministro da Saúde prometeu estudar pedido para construção de um moderno Hospital Municipal que irá substituir o atual Hospital da Vida, garantindo uma melhor infraestrutura hospitalar e atenção aos pacientes douradenses

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Em audiência com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, o prefeito de Dourados, Marçal Filho, apresentou uma pauta robusta de reivindicações — a principal delas: a construção de um novo hospital municipal para substituir o já combalido Hospital da Vida. A proposta, que revela o colapso da principal unidade de urgência e emergência da cidade, foi acompanhada de apelos por mais repasses federais e pela reestruturação da rede básica, também em estado crítico.

“O ministro Alexandre Padilha, que além de deputado federal licenciado é médico, demonstrou sensibilidade ao nosso pedido e se comprometeu a analisar o projeto com celeridade”, declarou Marçal, apostando na boa vontade do governo federal para tirar o sistema de saúde local do atoleiro.

Segundo o prefeito, o Hospital da Vida encontra-se obsoleto, incapaz de atender com dignidade a população douradense e da macrorregião, composta por cerca de 30 municípios. Com a eventual construção de um novo hospital, Marçal espera aposentar, enfim, as aspas que há muito tempo envolvem o nome da unidade.

Mas não é só o hospital que preocupa. O prefeito também expôs ao ministro o cenário de deterioração da atenção primária. “Detalhei a situação crítica da maioria das Unidades Básicas de Saúde, que estão sucateadas e colocando em risco a integridade física de pacientes e servidores”, afirmou. Um levantamento da atual gestão identificou que ao menos dez postos foram herdados com alagamentos, infiltrações, redes elétrica e hidráulica comprometidas, portas apodrecidas e janelas despencando — quadro que desmonta qualquer discurso de continuidade administrativa e evidencia o abandono estrutural de gestões passadas.

Marçal também reforçou a necessidade de aumentar os repasses federais ao SUS, ressaltando que Dourados é município gestor pleno e responde por uma demanda que extrapola suas fronteiras. “A conta não fecha. A responsabilidade é imensa, mas os recursos continuam desproporcionais”, frisou o prefeito, pedindo ao ministério um estudo técnico para corrigir essa distorção histórica.

A audiência foi articulada pelo deputado federal Vander Loubet (PT), que acompanhou o prefeito na reunião. Marçal aproveitou para elogiar o apoio da bancada federal sul-mato-grossense. “Tenho buscado apoio de todos os parlamentares, independentemente de partido ou ideologia. O foco é Dourados”, disse, tentando imprimir um tom de gestor pragmático, acima de disputas político-partidárias.

Ainda que a intenção de modernizar a saúde pública seja louvável, a visita ao ministério escancarou a real situação da segunda maior cidade de Mato Grosso do Sul: uma rede em colapso, estruturas comprometidas e um hospital que só continua “da Vida” por ironia do nome. Resta saber se os pedidos serão atendidos — e, mais ainda, se a execução das promessas seguirá o mesmo ritmo das declarações.

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