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segunda-feira, abril 7, 2025

Daniel Júnior dá a largada para sucessão de Riedel

Evento de comemoração da eleição do vereador douradense para a presidência da UCVMS inaugura a campanha eleitoral de 2026

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Apertado, espremido e moído pelo ContrapontoMS em seu gabinete semana passada, na Governadoria, o vice-governador Barbosinha não deu um pio sequer sobre o que está pensando a respeito da sucessão de Eduardo Riedel — e, consequentemente, da dele próprio. Adiantou apenas que, nos próximos quinze ou vinte dias, a coisa começaria a clarear. Errou por pouco: ontem, oito dias depois da conversa, aconteceu o primeiro ato da campanha eleitoral não só para a escolha do sucessor de Riedel e de seu vice, mas também dos deputados estaduais, federais, dois senadores e, claro, do presidente Lula. O palco, o da comemoração da vitória do vereador douradense Daniel Júnior (PP) para a presidência da União das Câmaras de Vereadores do Mato Grosso do Sul, contra aquele que parecia se eternizar no cargo: o vereador Jeovani Vieira (PSDB).


Eduardo Riedel, mesmo contrariando a lógica partidária — já que o eleito derrotou um companheiro tucano — foi um dos primeiros a brindar com um chope gelado a vitória de Daniel Júnior. Afinal, foi ele quem comandou a “tratorada” de Daniel sobre Jeovani, de braços dados e entrelaçados com o padrinho Reinaldo Azambuja, num preview de como será a campanha eleitoral do ano que vem, quando Azambuja disputará o Senado.

UCVMS. Tão incógnito quanto a sigla é o poder de fogo da União das Câmaras de Vereadores nas eleições de 2026. Mas, nesses tempos dourados da política estadual, não há como não comparar Riedel ao rei Midas, figura da mitologia grega que recebeu de Dionísio (no caso, Azambuja) o dom de transformar em ouro tudo o que tocasse. Com Daniel Júnior na cabine da locomotiva, o governador vai poder controlar os trilhos por onde passa o trem eleitoral de 2026.

Barbosinha, por sua vez, sempre discreto, fez questão de fazer o segundo brinde com Daniel Júnior, sob olhares atentos de neófitos como o tenente Portela — bolsonarista e suplente de senadora de Tereza Cristina por suas ligações umbilicais com o ex-presidente Jair Bolsonaro. Se não precisar decolar em seu tete-teco para um retorno à Assembleia ou para voos semanais a Brasília, Barbosinha pode, mais uma vez, ir para o “sacrifício” dos sacolejos, em terra mesmo — na garupa de Riedel. É que, da primeira vez, ele foi pego à laço, quando ninguém ainda acreditava no projeto de Azambuja.

Inoxidável, com a bengala no carro apenas para dar nas costelas de algum jornalista insubordinado que ouse cruzar seu caminho, o deputado Zé Teixeira foi outro que subiu ao palco das comemorações da vitória de Daniel Júnior. Ao seu lado, a colega Mara Caseiro, pré-candidata a deputada federal, que pode desocupar uma das cadeiras no Guaicurus na próxima legislatura, para facilitar aquele que, agora sim, “seu Zé” jura, deverá ser seu último retorno. Ops!

Claro, falando em desocupar cadeira na Assembleia, a principal delas também poderá estar em jogo, pelo que ficou claro na foto de Clóvis de Oliveira que ilustra este texto. A presença do presidente Gerson Claro no concorrido proscênio dos vereadores não é mera questão protocolar. Ele foi lá também, claro — de novo — como pré-candidato a senador.

DE OLHO em claro, não apenas pela insônia provocada pela distância do leito matrimonial ocioso em Brasília, Eduardo Rocha, o maridão da ministra Simone Tebet também marcou presença na posse de Daniel Júnior. Não como chefe da Casa Civil de Eduardo Riedel — já que o dito-cujo estava presente — mas como um legítimo cane corso, fungando no cangote de Claro, já que sua amada voltou a sonhar com o retorno, ops!, ao Senado. Ah, esses trocadilhos…

Daniel Júnior entra, assim, na seleta lista dos nomes com chances concretas de trocar o Jaguaribe pelo Guaicurus. Até pelo contexto em que está inserido, do partido que, no Estado, está à cavalheiro — com a amazona (ufa! quase uma cacofonia!) bolsonarista Tereza Cristina de rebenque erguido rumo a 2030, quando pretende brigar pela cadeira de Eduardo Riedel. Quem sabe, até lá, pela de Barbosinha!

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