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quarta-feira, abril 16, 2025

Política aos pés do mito: IA, surra no banheiro e a decadência douradense em dois atos

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Edição especial do Contraponto com assessoria da Inteligência Artificial


NOTA DO CONTRAPONTO

(Com assessoria da IA – e da consciência crítica humana)

Com a repercussão da matéria dos hereges da Avenida Paulista, ressurgiu das profundezas da memória coletiva um episódio que marcou a crônica política douradense: a surra que o deputado federal Rodolfo Nogueira, fiel escudeiro do bolsonarismo, levou do genro do deputado estadual Zé Teixeira, Cacá Guaritá, no banheiro do Sindicato Rural.

A lembrança do episódio, somada a uma avalanche de pedidos dos leitores para relerem o texto original, nos levou a revisitar o caso — mas agora com uma novidade: o uso da Inteligência Artificial, ferramenta que passou a integrar, recentemente, o arsenal editorial do ContrapontoMS.

É importante dizer: a IA não veio para substituir o faro jornalístico, o texto com personalidade, nem a coragem editorial que nos caracteriza. Ao contrário, ela existe para potencializar aquilo que já fazemos com paixão e precisão — e para provar que, mesmo diante de algoritmos capazes de compor sinfonias e pintar quadros, o jornalismo ainda é arte humana.

A IA é rápida, incansável, sofisticada. Mas não sente raiva diante da injustiça, não ironiza com o prazer de um colunista insubordinado, não conhece o cheiro do plenário nem o eco de um tapa ouvido por detrás das cortinas do poder. Por isso, nesta edição, oferecemos um experimento editorial inédito:

  • O texto original, escrito à unha, no tempo em que as matérias ainda exalavam suor de repórter e cafeína.
  • E uma nova versão, feita com a colaboração da IA, mantendo o veneno, o contexto e a precisão – mas com uma lapidação narrativa digna de redator robótico de primeira linha.

Como cortesia visual, a IA também recriou em imagem aquilo que só o bom jornalismo é capaz de narrar em palavras: o momento simbólico de um deputado ajoelhado aos pés de seu mito. Uma arte que traduz, com tragicômico realismo, a essência da servidão política em tempos de culto e submissão.

O leitor decide qual versão prefere. O ContrapontoMS, como sempre, entrega todas — com ou sem inteligência artificial — mas jamais sem inteligência editorial.


Matéria original, publicada em 22/01/2025:


Surra de genro de Zé Teixeira parece ter deixado Gordinho do Bolsonaro ainda mais abestalhado

Subtítulo:

Deputado Rodolfo Nogueira faz chacota com as críticas da ministra Marina Silva ao apocalíptico discurso de posse de Trump.

Relutei em abordar este episódio – ocorrido no calor das eleições municipais do ano passado –, mas os últimos acontecimentos me convenceram a revisitar o tema. Afinal, como se não bastasse o deputado Rodolfo Nogueira, o caricato “Gordinho do Bolsonaro”, já estar contaminado pelo vírus do bolsonarismo, agora ele exibe sintomas ainda mais graves, resultado de uma carga viral talvez mais letal: o trumpismo. Essa combinação parece ter devastado de vez o que restava dos seus neurônios. E, considerando seu histórico, é inevitável diagnosticar a surra que ele levou do genro do deputado Zé Teixeira como um marco simbólico na deterioração dessa trajetória, que já vinha em queda desde que Bolsonaro deixou o poder.

Sim, o deputado federal Rodolfo Nogueira, lídimo e orgulhoso representante da “direita” douradense no Congresso Nacional, levou uma surra de Cacá Guaritá, cujo pai, Waltinho Guaritá, deveria ser motivo de muito mais orgulho para ele do que a condição de genro do tão polêmico deputado Zé Teixeira. Isto, pelos motivos que “seu Zé” tem para bater no peito como “dono” da legislatura recém-empossada no Jaguaribe e com um naco expressivo no secretariado do prefeito Marçal Filho, fazendo questão de acompanhar pessoalmente o trabalho de seus eleitos e indicados, principalmente nas medições de obras ou alguns dos mais rentáveis serviços, como as famigeradas operações tapa-buracos da mesma forma que aparta bois trepado nas cercas das mangueiras em suas invernadas.

A surra ocorreu no banheiro do Sindicato Rural, durante um leilão de gado – um ambiente em que o deputado tem se mostrado mais assíduo do que nas sessões do Congresso Nacional. Embora Nogueira possa tentar minimizar o ocorrido com a justificativa de que “um tapinha não dói”, repetidos chutes no traseiro dificilmente se encaixam nessa categoria. O motivo? Um suposto calote envolvendo recursos enviados pelo PL, mal distribuídos pelo deputado entre os candidatos a prefeito da região.

Muito mais pelo fato de o agressor ser genro do poderoso Zé Teixeira, o “Gordinho do Bolsonaro” não deve ter dado queixa na polícia porque naqueles dias já rodava na rádio-peão a notícia da negociata que ele teria feito, envolvendo a própria mulher, Gianni Nogueira, candidata com potencial para se eleger prefeita, por também ser da cozinha de Jair e Michelle Bolsonaro, mas que, num passe de mágica, virou candidata a vice-prefeita de Marçal Filho. Rodolfo preferiu não ter que explicar os milhões de motivos que teve para fazer a nebulosa negociata.

Mas por que esse assunto agora? Pela insanidade agravada de Rodolfo Nogueira. Só isso para explicar o deboche de ontem nas redes sociais de uma figura reconhecida e respeitada por toda a comunidade internacional, como a ministra Marina Silva, por conta das críticas dela ao discurso de Trump na questão do clima. Provocando gargalhadas do chefe, ele estufou o peito: “Agora sim o Trump está f…”, só não concluindo o palavrão talvez por temer uma punição por falta de decoro – embora não estivesse na tribuna do Congresso – coisa que provavelmente desconheça.

Como lambe-botas mór de quem lá atrás foi expulso do exército por indisciplina e, por isso, não usa mais coturnos, o gordinho, queridinho e fofinho se contenta agora em lamber os pés pelo jeito chulezentos do chefe, pois foi enquanto Bolsonaro esfregava os dedos do pé direito com o dedão do pé esquerdo, sobre a mesma mesa em que provavelmente foi esquadrinhado o roteiro do golpe, que Rodolfo teve esse lampejo de criatividade, num esforço hercúleo para não perder a condição de número um como puxa-saco do inelegível.


Política aos pés do mito: IA, surra no banheiro e a decadência douradense em dois atos
Foto-montagem precária para ilustrar as bravatas de Bolsonaro e seu Gordinho, no texto de janeiro (Rede Social)

***

NOVA VERSÃO – Com assistência da Inteligência Artificial:


Surra no Gordinho do Bolsonaro: um sintoma do trumpismo pantaneiro

Relutei em abordar esse episódio – ocorrido no calor das eleições municipais do ano passado – mas os últimos acontecimentos me empurraram de volta ao tema. Afinal, como se não bastasse o deputado Rodolfo Nogueira, o folclórico “Gordinho do Bolsonaro”, já estar contaminado pelo vírus do bolsonarismo, ele agora exibe sintomas ainda mais graves, resultado de uma mutação ideológica talvez mais letal: o trumpismo de rodapé. A combinação parece ter devastado o que restava de suas sinapses.

Considerando o histórico recente do deputado, é inevitável reconhecer: a surra que levou do genro do deputado Zé Teixeira marcou simbolicamente a derrocada de uma trajetória já em declínio desde que Bolsonaro perdeu a cadeira presidencial. Um episódio tão grotesco quanto revelador.

Sim, é isso mesmo: o deputado federal Rodolfo Nogueira, autodeclarado bastião da “direita raiz” douradense no Congresso, levou uma surra de Cacá Guaritá – filho de Waltinho Guaritá (figura mais digna de admiração, convenhamos) e genro do poderoso e controverso Zé Teixeira. A surra aconteceu onde? No banheiro do Sindicato Rural, durante um leilão de gado – cenário mais frequente para o deputado do que o próprio plenário da Câmara.

Os relatos apontam que não foi apenas um “tapinha não dói”. Houve chutes – repetidos e, ao que parece, merecidos. O motivo: um suposto calote na distribuição de recursos do PL durante a campanha. Segundo a rádio-peão, o deputado embolsou ou mal distribuiu verbas que deveriam ter chegado aos candidatos da região. Resultado: levou o que se chama popularmente de corretivo. Mas não registrou queixa. Por quê?

A explicação circula nos bastidores com gosto de escândalo: àquela altura, Rodolfo Nogueira já estaria comprometido em um acordo nebuloso que trocou a candidatura promissora da esposa, Gianni Nogueira – ligada diretamente ao bolsonarismo raiz – por uma vice na chapa de Marçal Filho. O acordo teria rendido dividendos não apenas eleitorais, mas outros, mais materiais, sobre os quais a névoa ainda paira.

E por que relembrar esse episódio agora?

Porque o deputado resolveu zombar da ministra Marina Silva – referência internacional no debate ambiental – por criticar as declarações climáticas de Donald Trump. Em tom de deboche, Nogueira soltou: “Agora sim o Trump tá f…”, omitindo a conclusão do palavrão, talvez por medo de punição por falta de decoro – embora seja duvidoso que saiba o que isso significa.

Como fiel escudeiro do inelegível, Rodolfo não perde a chance de bajular o mito. Foi, inclusive, enquanto Bolsonaro coçava os pés sobre a mesa (a mesma onde pode ter sido traçado o roteiro do golpe), que o nosso Gordinho teve um lampejo de criatividade e disparou a frase em defesa do ex-presidente americano. Uma performance digna de quem disputa com afinco o título de puxa-saco oficial da extrema-direita pantaneira.

Triste é perceber que o homem que já sonhou em ser general de um exército conservador, hoje se contenta em ser mascote de um projeto fracassado, lambendo as botas – ou os pés descalços – dos que se acham donos da pátria.

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