Em tempos de contenção e desconfiança, o Pantanal sul-mato-grossense volta a respirar com certo alívio — e com respaldo federal. Sob a batuta de Tiago Botelho, o Superintendente do Patrimônio da União (SPU/MS) o governo Lula vem tirando projetos do papel e colocando os pés — e os recursos — na lama boa do nosso bioma mais emblemático.
A vitrine, claro, é o programa “Imóvel da Gente”, uma iniciativa do governo Lula que vem resultando em ações de impacto direto nos municípios pantaneiros de Corumbá, Ladário e Porto Murtinho.
Entre os marcos mais simbólicos está a destinação de um terreno de R$ 2 milhões para abrigar a Casa da Mulher Brasileira em Corumbá — equipamento essencial para acolher e proteger mulheres vítimas de violência. Justiça também ganhou espaço: dois imóveis regularizados foram entregues à Justiça do Trabalho e à Justiça Federal, somando mais de R$ 8 milhões.
O Centro de Convenções, por sua vez, pode finalmente deixar de ser promessa: a SPU/MS garante que trabalha para concluir a entrega definitiva do espaço, considerado vital para o turismo e a cultura local. Já o histórico prédio da Casa da Música, outra joia esquecida no tempo, será restaurado com verba do PAC — uma guinada simbólica na relação entre governo e cultura pantaneira.
Mas não é só de obras e paredes que vive o Pantanal. Foram entregues mais de 100 Termos de Autorização de Uso Sustentável (TAUS) a ribeirinhos, indígenas e pescadores, garantindo a permanência e o reconhecimento histórico e ambiental de suas ocupações. Um gesto, diga-se, de respeito e legalidade num território onde o direito à terra sempre foi disputado a ferro, fogo e cercas.
Em Ladário, o porto foi oficialmente transferido ao município — ação que fortalece a logística e abre caminho para novas oportunidades econômicas. A regularização fundiária, por sua vez, avança para dar nome, CPF e dignidade a moradores historicamente invisíveis no mapa da legalidade.
Já em Porto Murtinho, a SPU/MS atua junto à prefeitura na manutenção do dique de contenção de enchentes, além da transformação da orla e da doação de prédios como a antiga sede da Receita e da prefeitura — espaços que agora ganham utilidade social e administrativa.
Para o superintendente Tiago Botelho, o conjunto das ações reflete mais que uma política pública — trata-se de uma visão de Estado:
“A atuação da SPU vai ao encontro do olhar sensível do presidente Lula para proteger o Pantanal, valorizar suas populações e garantir que os investimentos cheguem a quem mais precisa. O governo Lula tem feito do Pantanal um território de direitos e oportunidades”, disse o Superintendente.
Se o bioma é patrimônio da humanidade, como já reconheceu a UNESCO, é justo que também seja tratado como prioridade dentro de casa. Que o charque político vindo de Brasília continue salgado, mas que sirva ao menos para alimentar as esperanças de quem vive às margens do Rio Paraguai.