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sexta-feira, maio 23, 2025

O recado de Xandão ao gado bolsonarista: eu prendo, sim, até ex-presidente!

Recado do algoz do bolsonarismo é um tapa na cara dos que ainda acreditam na impunidade

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Não é voz corrente no Brasil que, além de corrupto, o Judiciário é também lento? Pois bem: esse não foi, definitivamente, o único o recado que o ministro Alexandre de Moraes, do STF, mandou ao país, em letras garrafais. Especialmente, ao rebanho bolsonarista — ao ordenar a prisão do ex-presidente Fernando Collor de Mello, depois de anos de procrastinação da defesa do “caçador de Marajás” das Alagoas.

O gesto foi caro, simbólico e com endereço conhecido: os bolsominions que ainda sonham em ver seu líder máximo, Jair Bolsonaro, escapando ileso das investigações sobre os ataques golpistas de 8 de janeiro. Nem Bolsonaro, aliás, se ilude mais: nos bastidores, até os aliados mais próximos já reconhecem que o “mito” caminha a passos largos para o presídio da Papuda, em Brasília.

Tarcísio de Freitas, governador paulista e uma das crias políticas de Bolsonaro, também recebeu seu recado — em alto e bom som. Para quem, há poucos meses, tratava Collor como exemplo de “competência e honestidade”, a cena da prisão foi uma bofetada pública no ridículo revisionismo que certos setores da direita tentaram promover.

E o recado chegou até Dourados, onde o deputado federal Rodolfo Nogueira — conhecido como o “gordinho do Bolsonaro” — e sua esposa, a beata vice-prefeita Gianni Nogueira, já preparam até uma tenda de “jejum e oração” para instalar em frente à Papuda, em Brasília, quando chegar a hora de defender o ex-capitão. A imagem promete ser emblemática: barracas de lona, cartazes com versículos bíblicos e lágrimas de crocodilo derramadas em nome da liberdade de quem conspirou contra a democracia.

A prisão de Collor não é apenas uma questão judicial: é uma demonstração de que a história cobra, mesmo dos que se achavam intocáveis. A justiça pode até se arrastar, mas, quando se move, é como uma máquina de esmagar mitos de barro. “Doela a quem doela”, como dizia o próprio Collor no tempo em que ainda se achava imune às leis que agora o encarceram.

Para Bolsonaro, Tarcísio, Rodolfo, Gianni e outros fiéis do culto ao golpismo, o recado de Xandão está dado: não há faixa presidencial, Bíblia aberta ou palanque armado que proteja quem apostou contra a Constituição. A fila está andando. E o camburão, desta vez, não é fake.

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