Dourados já foi sinônimo de Expoagro grandiosa, daquelas que faziam a cidade pulsar no ritmo do agro que sustenta o Brasil. Vieram os anos, vieram as crises e o brilho desbotou. Mas parece que está voltando — e não é só por causa das porteiras que se abrirão em maio.
O presidente do Sindicato Rural de Dourados, Gino Ferreira, ousou. Com faro de quem sabe que feira boa não se faz apenas com gado de elite e máquinas reluzentes, mas também com barulho — e barulho do bom. Business é business, e para vender, é preciso comunicar. Para comunicar, é preciso gente que fale para multidões. Gino foi buscar ninguém menos que Nikolas Ferreira, um dos mais influentes e populares nomes das redes sociais e da nova política brasileira.
Ao escalar o jovem deputado e influenciador para palestrar sobre “A Importância da Comunicação”, Gino não apenas moderniza o discurso da Expoagro. Ele joga a feira no tabuleiro nacional, na boca de milhões de seguidores do mineiro que domina como poucos a arte de viralizar. Nikolas, que sabe o caminho das pedras (ou likes), promete trazer mais que discurso pronto: vem para provocar reflexão e atrair a juventude — um público que andava distante dos currais e dos leilões.
A escolha, longe de ser mero modismo, é estratégica. O agronegócio não pode mais se dar ao luxo de falar apenas para si. Em tempos de debates acalorados sobre sustentabilidade, uso da terra e tecnologia, comunicar com clareza virou questão de sobrevivência. “Num mundo cada vez mais interligado, comunicar bem deixou de ser apenas uma vantagem — é uma necessidade”, cravou o próprio Gino, ao anunciar a atração.
É essa visão — de palco, holofote e conexão com o mundo real — que Dourados volta a encarnar. E se depender do presidente do Sindicato, com apoio de aliados de peso como o governador Eduardo Riedel e a movimentação intensa de negócios que já toma conta da cidade, a Expoagro 2025 não será apenas mais uma feira no calendário: será o reencontro de Dourados com sua vocação de protagonista.
Pioneiros serão homenageados. O presente, embalado por milhões de cliques e visualizações, será celebrado. E o futuro? Esse já começou — e está nas mãos de quem entendeu que no agro do século XXI, tão importante quanto produzir é saber contar essa história.
