O conclave, que tem séculos de história , terá início hoje e acontece na Capela Sistina, a portas fechadas. Mas, o processo eleitoral do Sumo Sacerdote só começou a ganhar o formato atual e a isenção de interferências externas ao longo do século XX. É da chaminé da capela que saem a fumaça preta, quando ainda não houver a escolha de um novo Papa, e a branca, quando um novo Pontífice for definido. Navegue pelo modelo 3D da Capela Sistina e entenda passo a passo como funciona a assembleia dos cardeais que elegerá o novo Papa.
Hoje o rito começou pela manhã , com uma missa. À tarde, é realizada a primeira votação e , a cada rodada, as cédulas são queimadas. Nos dias subsequentes, os cardeais participam de até quatro rodadas de votação por dia : duas na parte da manhã e outras duas à tarde. As cédulas são incineradas duas vezes ao dia: depois da sessão matinal (5h30 ou 7h do horário de Brasília) e no início da tarde (12h30 ou 14h de Brasília). No século XX, o conclave mais longo foi o que elegeu Pio XI (1922), com 14 votações em 5 dias.
Para contar os votos, as cédulas são perfuradas na palavra ‘eligo’ com uma agulha e uma linha, pelos escrutinadores, formando uma espécie de cordão, e são queimadas com substâncias químicas específicas. É aí que são produzidas as fumaças — preta ou branca. Desde o conclave de 2005, que elegeu Bento XVI, são usadas duas estufas no processo.
Se, após três dias, ninguém for eleito, a votação é suspensa por, no máximo, 24 horas. Outras pausas poderão ocorrer. Até o 12º dia da votação, totalizando 34 escrutínios, o candidato que obtiver dois terços dos votos será eleito. A partir daí, se ainda não houver decisão, o sistema muda e a escolha ficará entre os dois mais votados. Porém, mantém-se o quórum de dois terços.
