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sábado, julho 12, 2025

Palavras…

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Olhe, reconhece, esses gritos
que estão presos nos pulmões
Essa dor contínua preenchendo seu vazio
Eu de longe no oco luminoso de sua boca
O eco de meu cheiro em seu espírito
O gemer de nossas raízes,
Desdobrei-o, percebe?
Além do fim de tudo, você me procura!
Será não, esse sofrimento
que tanto adjutora, tem nome e endereço?
Ser dos avessos, se arrepare , suas lágrimas presas
fizeram nascer um redemoinho a esmo…
Espia, esse pecado te castiga por ansiar pecar mais…
E quer a mão, o são,
a babá do beijo, a gastura da perdição …
Quer rosnear curtinho, arrepiar o pelo,
assim de modo brando que toma o corpo…
Te acho? assim de anjo!
Te acho? assim ferrão de ponto, lamúrias do diabo!
Aí de bote, seu coração está tomado!
O que sobra? A alma também vive
noturna mente resplandecendo por mim…
Repara, seu remorso é lampejo de pesadelos!
E a repaga se emenda mais forte,
porque respira meu respirar!
Aceite o poder de minha lembrança que tanto busca…
Me declare
porque sou aonde seu pensamento
se forma mais forte!
Os víveres do seu céu
tem as sílabas de meu nome
Esse seu segredo de dois
é o sol com a lua escolhida…
Aragens dos acasos, permeio e perdição
Insistente recordação!
E o que é pra ser?
Palavras…

Gicelma Chacarosqui – Pós-doc pelo ECCO, UFMT, Doutorado em Comunicação e Semiótica pela PUC/SP; Mestrado em Estudos Literários e graduação em Letras Português Literatura Brasileira pela UFMS . É professora Titular da UFGD.

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