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sexta-feira, agosto 22, 2025

Flores em vida: quando o mundo precisa de delicadeza

Projeto, que é laico, é um contraponto a todo tipo de violência

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Em tempos em que psicopatas com arsenal e ego inflamado ameaçam o mundo com mísseis e cartas, em que ditadores de quinta categoria sonham em restaurar impérios de fake news, e o povo mal consegue respirar entre um tarifaço e outro — nasce, silencioso e persistente, um gesto revolucionário: o de dar flores.

Sim, flores.
Não como metáfora, mas como ação concreta.

O projeto Flores em Vida, que é laico e nascido em Dourados, ali onde as saracuras ainda cantam antes dos algoritmos acordarem, é mais do que uma iniciativa social. É um resgate. Uma contraofensiva delicada à brutalidade que anda tomando as manchetes — e os corações.

Criado por mãos femininas e corações vigilantes, o projeto reúne voluntários que transformam restos de festas — sim, aquelas flores que depois da selfie seriam descartadas — em buquês de ternura. São arranjos ressignificados, revividos, distribuídos por hospitais, escolas, creches, asilos e outros recantos onde a dor, a solidão ou a saudade fazem morada.

É amor em forma de flor.
É poesia em forma de gesto.
É política da presença, em tempos de tanta ausência.

Não há dogma, dízimo ou doutrina. Só o desejo de ver alguém sorrir, de lembrar a alguém que não foi esquecido, de afirmar, com delicadeza, que a beleza também insiste em sobreviver — mesmo quando tudo parece querer murchar.

E assim, sem grito, sem palanque, sem hashtag, o Flores em Vida floresce — com a simplicidade das coisas que realmente importam.
E nos ensina, a cada buquê entregue, que há resistência também na gentileza.
Que há revolução também no cuidado.

E que sim, em plena era da insanidade midiática e da brutalidade institucional, há ainda quem acredite no poder de uma flor para abrir caminhos.

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