Mesmo nos tempos de plenitude profissional e política — quando tinha um pé no Senado e outro em campos minados da Petrobras — e de Pasadena (EUA), inclusive — Delcídio do Amaral já mostrava nas redes sociais sua predileção por trilhas sonoras refinadas. Agora, após anos no ostracismo político e algumas reflexões ao relento, ele volta a entoar versos. A música da vez? “Get Lucky”, de Pharrell Williams, com seu refrão sobre recomeços e renascimentos, embalando o que o ex-senador chama de “retorno triunfal”.
Nesta entrevista exclusiva ao ContrapontoMS, Delcídio revisita o próprio passado com a naturalidade de quem já viu os bastidores do poder e os porões da delação premiada. Sem meias palavras, crava: Lula hoje é um governo analógico numa era digital; os truques não encantam mais; Bolsonaro é um Brancaleone de farda, liderado por um general que nunca soube liderar. Quanto à cassação de seu mandato: Uma gafe monumental do Judiciário, que só fortaleceu o teatro da Lava Jato.
Delcídio aposta numa terceira via para 2026 — “porque está claro que esse modelo polarizado não funciona mais” — e diz que Mato Grosso do Sul ficou para trás no Centro-Oeste, “um faz de conta estatístico que só engana quem vive de marketing público”.
A entrevista completa pode até não garantir sua ressurreição eleitoral, mas escancara o apetite do ex-senador por mais uma volta olímpica. Ou, pelo menos, mais uma chance de cantar no palco:
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Seu nome entrou para a política do MS com a responsabilidade de quebrar paradigmas, mas seu promissor mandato de senador foi interrompido de forma traumática. Agora, aos 70 anos, acha que ainda dá tempo para uma retomada?
Realmente, o meu mandato foi diferente mesmo. Não fui apenas um senador por Mato Grosso do Sul, fui um senador do Brasil, até pelo protagonismo que tive no Senado. Fui presidente da Comissão de Assuntos Econômicos por duas vezes — uma das principais do Congresso Nacional —, presidi a CPMI dos Correios, uma CPI que marcou época, absolutamente diferenciada. Ninguém mais preside uma CPI como eu presidi. Fui relator do Orçamento Geral da União, líder da base do governo, líder do governo no Senado.
E mais: não venho de família política. Eu me tornei político. Sou engenheiro, fui executivo de grandes empresas — passei pela diretoria da Petrobras, da Eletrobras, fui presidente do Conselho da Vale do Rio Doce, diretor da Shell. Vivi fora do Brasil e, com minha experiência em multinacional, conheci o mundo inteiro. Fui ministro de Estado, secretário de Infraestrutura de Mato Grosso do Sul. E, com esses predicados, continuo entendendo: se não sou melhor nem pior do que outras figuras e lideranças políticas que passaram por Mato Grosso do Sul, sou absolutamente diferente.
Sou alguém que nasceu em Corumbá, nas barrancas do Rio Paraguai, e andou por onde andei. Deus foi pródigo comigo — e eu agradeço sempre pelas oportunidades que tive, oportunidades que talvez poucos brasileiros tenham tido.
Quanto aos meus 70 anos, é bom lembrar que o ex-presidente Michel Temer assumiu a presidência aos 76 anos, antes dele, Fernando Henrique também encerrou seu segundo mandato acima dos 70 anos, Joe Biden, líder de uma das maiores potências mundiais, aos 78 anos, foi um dos presidentes com idade mais avançada da história americana a chegar ao cargo. Winston Churchill, que talvez tenha sido o maior protagonista da Segunda Guerra Mundial, também liderou com idade avançada.
Então, a questão não é a idade. A questão é a cabeça, é olhar para o futuro, permanecer ousado, corajoso e inovador. Esse é o verdadeiro desafio.
Nessa tentativa de retomada, a malsucedida candidatura à prefeitura de Corumbá pode ter sido um empecilho?
Primeiro, é importante destacar que ser candidato a prefeito da sua terra natal é uma honra imensa. Para qualquer corumbaense, isso é uma realização pessoal extraordinária.
Agora, se for para comparar campanhas malsucedidas, vale lembrar que o presidente Abraham Lincoln perdeu oito eleições antes de se tornar presidente dos Estados Unidos — e nem por isso desistiu. Porque, acima de tudo, é preciso ter projeto, resiliência, fé em Deus, dialogar com a população, estabelecer o contraditório. É preciso criar, com menos palavras e mais ações, um ambiente de solidariedade, fraternidade, inovação e oportunidades.
Quando me lancei candidato a prefeito de Corumbá, não foi só por um projeto local. Foi também para provocar a discussão de um grande projeto político, não só para a minha cidade, mas para Mato Grosso do Sul. Até porque, infelizmente, hoje vivemos quase que um silêncio ensurdecedor por parte da classe política do nosso Estado. Ninguém debate os grandes temas, o que vemos é um discurso pobre, raso e genérico. E é com esse espírito que eu construí minha trajetória política — uma trajetória pautada em realizações.
Para você ter uma ideia, em meus mandatos, trouxe para nosso Estado mais de R$ 2,8 bilhões em investimentos, atendendo aos anseios da nossa gente. Fiz política no chão, no corpo a corpo, ouvindo críticas, ajustando rotas, mas sempre alinhado com o povo da nossa terra. E isso é o que realmente importa.
Antes de entrarmos na questão paroquial e, por sua experiência como um dos mais influentes senadores da nossa história, como vê o retorno deste famigerado debate entre direita e esquerda?
A polarização é tóxica para o Brasil. As pesquisas mostram que a população já se cansou dessa disputa entre Lula e Bolsonaro, Bolsonaro e Lula. Curiosamente, os dois se tornaram irmãos siameses — um precisa do outro para se sustentar no jogo político.
É preciso resgatar o equilíbrio, o bom senso, discutir um projeto de país que tenha civilidade, cordialidade, fraternidade e solidariedade. O presidente Lula hoje é um governo analógico numa era digital, é aquele mágico que encantava o público nos dois primeiros mandatos e já não encanta mais — os truques agora são conhecidos, e ninguém se surpreende.
Do outro lado, o presidente Bolsonaro surgiu num momento de profunda crise institucional, como um reflexo do sentimento de revolta de parte da população, mas governou sem entender a gravidade do momento que vivíamos. Seu comportamento foi bizarro, especialmente agora com os desdobramentos com a crise envolvendo o governo Trump. E, nesse aspecto, ambos foram prejudiciais ao Brasil — um fazendo “bravatas” contra os Estados Unidos em plena reunião dos Brics, outro tentando chantagear o país em busca de algum tipo de anistia pelos processos que tramitam no STF.
O resumo disso tudo é um só: não há risco de dar certo!
O bolsonarismo foi um mal necessário ou uma catástrofe, até por conta da tentativa de golpe?
O bolsonarismo surgiu como já aconteceu em outros países — quando as instituições estão sob risco, aparece alguém com um discurso diferente. E, se esse discurso encaixa com o que a população sente, esse alguém acaba assumindo o país.
O ex-presidente Bolsonaro, naquele momento, capturou o sentimento da população, especialmente pelas decepções acumuladas por volta de 2015. Ele leu bem o ambiente. Agora, sobre a questão do golpe, cabe ao Judiciário analisar. Na minha opinião, apesar das intenções, foi um golpe — com todo respeito — de fancaria.
Me lembro de um filme italiano, Brancaleone, sobre um general trapalhão que passou a vida tentando impor sua vontade e fracassando. Foi mais ou menos isso. Mas agora está nas mãos da Justiça, que vai apurar os fatos e tomar as decisões necessárias.
O que me preocupa são as penas. Muita gente recebeu condenações pesadas demais diante do que efetivamente foi apurado. Não falo aqui de maneira generalizada, mas muitos poderiam ter sido julgados em instâncias inferiores. Essa dosimetria, no meu ponto de vista, precisa ser revista.
Nesse contexto, como avalia o retorno de Lula?
A eleição do presidente Lula foi legítima, sem dúvida, consolidando essa polarização que tanto atrasa o país. Mas é um governo que, ao longo desses últimos anos, não tem correspondido às expectativas da população brasileira.
O Brasil “corre o risco” do retorno de Bolsonaro?
Essa é a pergunta de um milhão de dólares. Ninguém sabe o que pode acontecer em 2026. Pode ser que nem Lula nem Bolsonaro sejam candidatos. Hoje, a probabilidade de Lula disputar a reeleição é maior do que a do Bolsonaro, até pelas questões judiciais que envolvem o ex-presidente.
Mas, no fundo, acredito que o Brasil vá optar por uma terceira via. Já está claro que esse modelo polarizado não funciona — e quem perde com isso é o povo.
A propósito, e com base na máxima de que gato escaldado tem medo até de água fria, se Bolsonaro hoje lhe procurasse pedindo uma sugestão de rota de fuga do Brasil, prestaria esse “serviço” ao país?
Essa pergunta não me cabe. E explico por quê.
Fui inocentado — inocentado no bom direito, com trânsito em julgado em todas as instâncias. E mais do que isso, com as provas consideradas inidôneas. Fui vítima de uma das maiores aberrações políticas e judiciais da história do Brasil. Como disse um ministro do STF, meu caso foi uma gafe monumental do Judiciário.
Então, essa pergunta talvez caiba a outras figuras que fugiram da cadeia usando chicanas jurídicas, jogando com a caducidade, usando estratégias para escapar. Esses sim podem ser bons conselheiros — os “descondenados”, por exemplo.
Outros possíveis conselheiros são autoridades adjacentes ao governo que viajam bastante, conhecem locais aprazíveis financiados com dinheiro público, ou até personalidades que dormiram em embaixadas, ensaiando pedidos de asilo, ou foram aos Estados Unidos para fazer oposição ao Brasil. Conselheiros não faltam. Eu, com certeza, não sou um deles — e por tudo que acabei de dizer, não poderia ser.
Aliás, enquanto Lula (que garante que vai viver 120 anos) e Bolsonaro viverem, vê alguém que possa recolocar o Brasil nos trilhos?
Quadros qualificados nós temos, sim, mas precisamos de mais gente preparada, com experiência e, principalmente, disposta a entrar para a política com espírito público. Temos que parar de criminalizar a política e buscar melhorá-la.
Infelizmente, como dizia o velho Ulisses Guimarães — que é uma referência para todos nós —, “o Congresso vai renovar em 40%, para pior”. E é o que temos visto. Hoje, há um número considerável de parlamentares com muito menos qualificação. Não são todos, claro, mas houve, sim, uma piora nas bancadas.
O Brasil precisa de um governo reformista, que reforme o Estado para torná-lo ágil, moderno, com decisões rápidas, conectado com a tecnologia e comprometido com uma prestação de serviços eficaz. As agências reguladoras, por exemplo, deixaram de ser técnicas e viraram cabides de emprego. Isso precisa mudar.
Temos que valorizar os quadros técnicos do serviço público e avançar nas reformas — a política, que é a mãe de todas, também a econômica e tributária, com foco na questão orçamentária, nas emendas, na Previdência, na Justiça do Trabalho e no próprio Judiciário. É essencial restabelecer os freios e contrapesos que sustentam qualquer democracia.
Também é preciso investir pesado em educação, saúde, segurança pública, associando os serviços, se beneficiando das novas tecnologias como telemedicina, câmeras, energia sustentável, fortalecer as parcerias para um novo mercado que está se abrindo que é o sequestro de carbono e — sem dúvida — infraestrutura. Esse é um dos maiores gargalos do país. Sem resolver isso, o Brasil não conquista o espaço que merece no cenário global, nem entrega o futuro que a nossa gente precisa.
Falando em Lula e Bolsonaro, e o “tarifaço” de Trump?
O momento atual exige competência e pragmatismo. Essas são medidas de responsabilidade dos estados nacionais — e não de atravessadores que querem aparecer e prejudicar ainda mais o que já está ruim. Até agora, essa crise só favoreceu o oportunismo. O importante é discutir tecnicamente o assunto e restaurar, pelo menos, relações amistosas com os EUA.”
Tido como tucano antes de entrar para o PT, onde virou senador, e agora no sucedâneo no PTB. Afinal qual sua ideologia partidária?
Eu nunca fui filiado ao PSDB. Podiam até me chamar de o mais “PSDBista” dos petistas, mas eu nunca fui do partido.
Na época, essa minoria incompetente que governa o Estado — e que atrasou o Mato Grosso do Sul dentro da região Centro-Oeste, tanto que hoje somos o último em PIB na região, por mais que digam o contrário — escondeu minha ficha de filiação. Quando me lancei candidato, eu nem filiado era.
E por que fizeram isso? Porque sabiam que eu era diferente. Sabiam que, eleito, eu quebraria o status quo. Teria outra prática, outro tipo de enfoque de Estado, de país. E isso incomoda.
Essa minoria dominante — que é confortável para eles, mas desastrosa para o povo — sempre teve medo de mudança. Eles querem manter tudo como está. E o povo que se dane.
Senador, olhando em meus olhos: se Jesus Cristo voltasse para dar um jeito no Brasil, ele obteria êxito, mesmo com a existência do Centrão?
Olha, com toda sinceridade: ninguém dá conta desse regime político que o Brasil vive hoje. Temos uma Constituição com espírito parlamentarista dentro de um sistema presidencialista — isso não funciona.
Se não fizermos a reforma política, que é a mãe de todas as reformas, todo presidente vai continuar nas mãos do Congresso. Chegou a hora de encarar esse problema de frente.
Precisamos acabar com a reeleição. Foi um erro. O próprio Fernando Henrique, que propôs a emenda, se arrepende. A reeleição distorce o processo eleitoral e favorece quem está no poder, que usa a máquina para se manter no poder.
Temos que rever também o financiamento público de campanha. Venderam a ideia de que daria igualdade de condições — muito pelo contrário. As últimas eleições foram o maior caixa dois da história do país. E quem faz caixa dois? Quem está no governo, nas prefeituras, nas câmaras. O resto fica para trás.
É preciso estabelecer regras claras para doações privadas e discutir seriamente o voto distrital ou o distrital misto. Esse modelo permitiria a entrada de gente capacitada, com compromisso de fazer uma política diferente, ajustada com as necessidades do país e com o povo, porque hoje, o sistema está capturado por máfias eleitorais que impedem a renovação real.
Chegou a hora de encarar isso tudo, com coragem.
Como Ele dificilmente voltará — até porque teria que dar um jeito antes no Trump, no Putin e no Netanyahu — qual a mágica para acabar com a corrupção em todos os níveis de governo?
“Não há ‘mágica’ para acabar com a corrupção; há um conjunto de medidas e um trabalho contínuo que exigem compromisso de todos os setores da sociedade. A corrupção é um problema estrutural que demanda:
- Fortalecimento dos órgãos de controle e fiscalização: Garantir autonomia e recursos para o Ministério Público, Polícia Federal e demais instituições.
- Transparência e desburocratização: Ampliar o acesso à informação e simplificar processos para reduzir oportunidades de desvio.
- Educação Cívica: Formar cidadãos mais conscientes de seus direitos e deveres, capazes de cobrar e fiscalizar.
- Legislação rigorosa e efetiva: Aperfeiçoar as leis para punir com mais eficácia e recuperar os recursos desviados.
- Cultura de Integridade: Promover uma mudança cultural onde a ética seja um valor inegociável na vida pública e privada.
Com toda a experiência que adquiriu como secretário, ministro de Estado, senador e dirigente de grandes conglomerados, qual é o calcanhar de Aquiles do Brasil?
O calcanhar de Aquiles do Brasil é a falta de um governo reformista com visão de Estado.
Falo com a experiência de quem foi ministro, secretário, senador e também dirigente — e não apenas consultor — de grandes empresas públicas e privadas. Passei pela Petrobras, Eletrobras, Vale do Rio Doce, Shell. Atuei dentro do governo e fora dele, aqui e no exterior.
Já disse e repito: o Brasil precisa de reformas estruturantes. Um governo com foco em infraestrutura, em tecnologia, que use inteligência para agilizar decisões, destravar investimentos, modernizar o Estado e oferecer serviço de qualidade para a população.
É isso que falta. E é isso que um projeto sério precisa enfrentar de forma corajosa, sem populismo nem maquiagem.
Como vê o governo Eduardo Riedel e sua “transversalidade”?
Com todo respeito, essa “transversalidade” é um termo muito usado pela Ministra Marina Silva. Agora essa que é alardeada pelo atual governo, não tem se sustentado na prática. A ideia pode até soar moderna, mas quando olhamos para os resultados concretos em áreas essenciais como saúde, educação, segurança pública e infraestrutura, o que se vê é um Estado emperrado, administrado por uma minoria que há muito tempo se reveza no poder — e que não entrega o que o povo espera.
Mato Grosso do Sul ficou para trás na região Centro-Oeste. Somos hoje o último em PIB na comparação com Goiás, Mato Grosso e até o Distrito Federal. E não adianta maquiar os números ou repetir discursos de marketing. A realidade do chão mostra outra coisa.
Fala-se em inovação, mas temos equipamentos públicos parados, projetos estratégicos abandonados e uma incapacidade gritante de transformar potencial em desenvolvimento real. Um exemplo: a planta separadora de gás em Três Lagoas — viabilizada ainda no meu tempo de Petrobras — está enferrujando, sem uso. Enquanto isso, seguimos importando derivados, perdendo oportunidades e empregos.
E por falar em empregos, também é fundamental investir na qualificação da nossa mão de obra, para que os investimentos privados gerem oportunidades reais para a nossa gente — e não sejamos obrigados a assistir empresas trazendo profissionais de fora por falta de preparo local.
Portanto, mais do que rótulos bonitos como “transversalidade”, o que o Mato Grosso do Sul precisa é de visão, ousadia e gestão com responsabilidade. É isso que defendemos no PRD: menos marketing e mais compromisso com as entregas que realmente mudam a vida das pessoas.
Se der certo essa evocação da Fênix, tentaria novamente o governo do Estado ou a cadeira cassada no Senado?
Essa metáfora da Fênix é poderosa. Me lembra uma música do Pharrell Williams, Get Lucky, que diz: “como a lenda da Fênix, que ressurge das cinzas, todo fim termina com recomeços. Chegamos muito longe para deixarmos de ser quem somos”.
Eu tenho muito a fazer na política ainda. E não tenho dúvida de que, com a graça de Deus, assim farei — por Mato Grosso do Sul e pelo Brasil. O tempo pertence a Ele.
Seu novo palanque será formado por políticos tradicionais, outsiders ou fenômenos eleitorais como a vereadora Isa Cavala Marcondes?
Sou presidente estadual do Partido Renovação Democrática, que está em processo de federação com o Solidariedade e, possivelmente, com um terceiro partido. E a premissa básica dessa construção é muito clara: apresentar um projeto qualificado para discutir o futuro de Mato Grosso do Sul.
Queremos focar nas instituições, na boa gestão, na aplicação da tecnologia para servir a população — na saúde, na educação, na segurança pública. E, principalmente, queremos trazer pessoas comprometidas com o futuro do nosso Estado e da nossa gente.
A ideia é apresentar quadros diferentes, gente qualificada e que quer entrar na política para mudar, mas não conseguem, justamente pelo atual modelo feudal vigente em Mato Grosso do Sul e não repetir o modelito que vem sendo adotado no Estado. Esse modelo está esgotado, tem prazo de validade. Vai chegar a hora em que a população vai cansar da novela e trocar de canal.
A exigência principal é essa: qualificação, fidelidade ao projeto e espírito público. É com base nessas premissas que vou voltar à política, se Deus permitir.