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sexta-feira, dezembro 5, 2025

O cirurgião douradense que ergue o topete dos bolsonaristas, para encarar Xandão

Entre implantes capilares e calvícies éticas, o bolsonarismo segue tentando esconder na testa o que já perdeu na vergonha

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Em meio à falência moral do bolsonarismo e à carequice reluzente de seus líderes, eis que surge a solução mágica: um cirurgião douradense de bisturi tinindo, convocado para devolver não só fios, mas a altivez perdida da tropa. Waldemar da Costa Neto, aquele que entende de tudo — de mensalão a caixa-preta de partido — decidiu investir na cabeleira. Não é vaidade, é estratégia: como enfrentar Xandão de calva reluzente se a tropa não ostentar um topete desafiador?

Dizem as más línguas que Michele Bolsonaro, agora a “candidata viúva”, soprou no ouvido do cacique do PL: “Se o maridão ganhou até a autorização de cortar o cabelo em casa, para chegar bonito na Papuda, tu não podes ficar lembrando o inimigo careca”. E assim, entre uma oração e outra, Waldemar embarcou para Campo Grande, para uma visitinha à clínica de um doutor Sanabria, que mais parece milagroso barbeiro de Deus.

A cena é digna de sátira do antológico Zé Pinga, dos bons tempos de “O Progresso”: no mesmo palanque onde o azambujismo apresentou seus medalhões de telhado de vidro, brotou a ideia da cirurgia. Sérgio de Paula, homem da mala de Azambuja e hoje consultor estético-político, teria sussurrado: “Waldemar, espia o meu cocuruto, era mais feio que o seu, veja como agora estou cabeludo. Nosso telhado já é de vidro, não precisa reluzir sob o sol do Pantanal. Toma aqui o WhatsApp do Dr. Sanabria, é o cara”. De Paula, como bom operador, não sugere apenas caixa dois. Agora indica também número de cirurgião capilar.

Claro, não se trata apenas de estética. Os bolsonaristas querem se afastar de qualquer sombra de carecas infames: PC Farias (de Collor de Melo), Queiróz (de Bolsonaro), Camilo Antunes, o careca do INSS. Careca, na política, virou estigma. Melhor lembrar ícones de  Hollywood, como Bruce Willis, Yul Brynner ou Sean Connery, este, depois da fama de 007. Se não dá para imitar o talento, que ao menos se copie o couro cabeludo. Mas a pergunta que não quer calar é outra: quem pagou a recauchutada? Fundo partidário? Jatinho do PL? Cortesia do azambujismo, que nunca deixa um aliado desamparado? Ou sobra ainda alguma reserva dos tempos de ouro da JBS, enterrada em malas bem cuidadas?

Seja como for, a cirurgia traz o slogan que faltava à campanha: “De topete erguido contra Xandão!”. Um gesto de resistência capilar, quase revolucionário, na tentativa de camuflar a calva ética que continua escancarada. Porque cabelo até se compra, e se implanta, fio a fio. O que não se compra e não se implanta mais é a vergonha.

E, por fim, o epitáfio político do azambujismo bolsonarista:
Aqui jaz um movimento que tombou de careca exposta,
tentando ressuscitar de peruca.
Entre topetes postiços e implantes bem pagos,
a calvície ética segue incurável.

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