Prestes a completar seis meses no cargo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) continua enfrentando alta rejeição em grupos em que historicamente têm desempenho abaixo da média, mostra pesquisa Datafolha divulgada neste sábado. Entre evangélicos, 37% não aprovam o governo Lula, número que sobe para 49% entre a parcela mais rica da população, que recebe acima de dez salários mínimos mensais.
Outros grupos em que a reprovação de Lula segue alta são a classe média baixa, parcela da população que recebe entre dois e cinco salários mínimos, e entre os moradores da região Centro-Oeste, conhecido reduto do bolsonarismo. Nos dois segmentos, o petista é rejeitado por 34%.
Por outro lado, a pesquisa Datafolha mostrou que a rejeição diminuiu consideravelmente entre quem ganha de cinco a dez salários mínimos, uma parcela mais abastada da classe média. Se na última pesquisa, realizada em março, 47% não aprovavam a nova gestão Lula, o percentual caiu para 32% no novo levantamento.
Já entre os que mais aprovam a gestão do petista, também figuram grupos conhecidos do eleitorado de Lula — representam 43% do eleitorado de baixa renda, que recebe até dois salários mínimos; e 47% entre os menos escolarizados e os nordestinos.
No entanto, o novo resultado do Datafolha apontou uma oscilação para baixo na avaliação entre os moradores da região Nordeste. Foram seis pontos ante março, acima da margem de erro, de 4 pontos para mais e para menos.
Aprovação estável
A nova pesquisa Datafolha, divulgada neste sábado, mostrou que a aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva permaneceu estável nos primeiros cinco meses de governo. Para 37% dos entrevistados, ele faz um governo ótimo ou bom, enquanto 27% o avaliam como ruim ou péssimo. Outros 33% avaliam a gestão como regular e 3% não opinaram.
A pesquisa Datafolha foi realizada presencialmente com 2.010 pessoas de 16 anos ou mais em 112 municípios do Brasil entre os dias 12 e 14 de junho. A margem de erro geral da aprovação é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
O Globo — Rio de Janeiro
