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domingo, dezembro 28, 2025

Ao reafirmar recandidatura prefeito Alan Guedes desafia principais adversários para a disputa

Prefeito costura amplo leque de apoio para conseguir a reeleição, esperando a retribuição do apoio que deu ao governador Eduardo Riedel ano passado

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“A oposição é liderada por aquelas pessoas que já quiseram sentar no meu lugar e não conseguiram ou que nunca tiveram coragem de ir para a disputa. Aí é fácil, falar de camarote, sem nunca ter sentado na mesa e pego a caneta na mão”. Foi assim, em seu jeito sempre cordial de ser, que o prefeito Alan Guedes deflagrou “oficialmente” o processo de sua própria sucessão, durante uma entrevista ao radialista B. de Paula, de Campo Grande. Foi a primeira vez que falou publicamente que quer continuar prefeitando, em que pese tantas dificuldades, as mais recentes as pesquisas encomendadas e estrondosamente divulgadas pela mídia sem mídia da prefeitura que dão a ele a lanterna da (im)popularidade entre seus colegas prefeitos de todo o estado. Não deixa de ser irônico o tom de seu desafio a potenciais adversários, como o vice-governador Barbosinha e os deputados Geraldo Resende e Renato Câmara – “os que já quiseram sentar no meu lugar e não conseguiram” –, derrotados nas últimas eleições, ou ao também deputado Zé Teixeira e o radialista Marçal Filho, entre – “os que nunca tiveram coragem de ir para a disputa”.

Nas ondas da boiada – Enquanto o prefeito Alan Guedes se arvora de recandidato, o que, democraticamente, é mais que legítimo, as pesquisas encomendadas pelo governo do estado apontam para uma chapa encabeçada pelo deputado Zé Teixeira, com o radialista Marçal Filho como candidato a vice-prefeito. Aí entrando a questão dos dois governos, o de Eduardo Riedel e o paralelo, ou o político, de Reinaldo Azambuja. É que Riedel estaria propenso a apoiar Alan, numa engenharia política que passa pelo bolsonarismo da rainha do venho, senadora Tereza Cristina, enquanto Azambuja teria compromisso do tipo “fio de bigode” com Zé Teixeira, por ele convencido a abrir mão da presidência da Assembleia Legislativa em troca do apoio para a disputa da prefeitura de Dourados. Coisas de Sérgio de Paula, para não correrem o risco de perder a segunda maior prefeitura do estado.

Diz com quem andas… – Aliás, que o prefeito Alan Guedes fique esperto com os apoios que vem buscando. O resultado de uma devassa divulgada ontem pela Controladoria Geral da União aponta “distorções contábeis” de mais de 200 bilhões em cinco ministério do (des)governo Bolsonaro. E adivinhe qual desses ministérios foi o que mais “distorceu”? Exatamente o da Agricultura, de Tereza Cristina. A “distorção” chega a R$ 142 bilhões, disparada, na frente de ministérios como o da Infraestrutura, de Tarcísio de Freitas, que “distorceu” apenas R$ 20 bilhões. Talvez vindo daí o zunzunzum de negociações pouco republicanas da rainha do veneno com grupos empresariais, como o JBS. Só isso para explicar a recusa da então ministra, sempre tão cordata, para uma entrevista a este site, porque entre as perguntas estava uma que tocava nesse espinhoso assunto.

Pernas pra que te quero –  “Eu reitero aqui meu compromisso com as cidades que estou visitando. Meu cobertor é pequeno, sendo contrário à atual gestão, mas minha vontade é grande. Tenho pouca emenda, mas meu objetivo é defender os municípios politicamente. Às vezes não consigo trazer dinheiro, mas levo as demandas ao nosso governador, à bancada federal, às autoridades competentes. Posso não ter recurso, mas tenho vontade de correr atrás”. Deputado federal bolsonarista douradense Marcos Pollon, ao anunciar um giro por pelo menos sessenta municípios para, de olho nas eleições municipais, “construir uma direita mais forte”.

Luz no fim do túnel – “Como a sociedade organizada pode contribuir para uma cidade próspera”. Este o chamamento do presidente da Associação Comercial e Industrial de Dourados, Paulo Campione, para um megaevento semana que vem na sede da entidade. Os participantes, além de representantes das entidades do comércio, Universidades, Clubes de Serviços e, claro, agentes públicos, como os da Saúde e Educação. Se não sair daí um candidato a prefeito do setor sai pelo menos o embrião de um plano de governo para a próxima administração.

Braz! Braz! Braz! – Ranqueado como um dos melhores prefeitos de Dourados, o engenheiro Antônio Braz Melo não perde a esperança. Em conversa informal com jornalistas esta semana na casa do ex-presidente da Câmara Albino Mendes ele voltou a bater na tecla da união das forças políticas da cidade em torno de um nome de consenso para a “reconstrução” da cidade, como ele fez em sua primeira administração. Daí à lembrança de seu memorável jingle de campanha: “o povo se uniu de verdade, pra reconstruir a cidade, quem não fez até agora não consegue fazer mais…” reforçando o apelo “por isso eu vou votar no Braz”, com a deixa para o refrão “Braz! Braz! Braz”. Ele não admite, mas pelo jeito não se importa se, em vez de “votar no Braz” o jingle, em nova versão, apele para o “voltar no Braz!”.

Mão do Alan – Independente de voltar ou não, Braz Melo está diante de um novo desafio. Também para passar para a história. Ele foi sondado para pensar alguma coisa que possa marcar a administração do prefeito Alan Guedes. No melhor estilo, claro, da famosa “Mão do Braz”, o monumento em homenagem à Colônia Federal,  na entrada leste da cidade, que ele entregou no último dia de seu primeiro mandato.

Cara de pau Pode se dizer tudo de Jamil Name Filho, o Jamilzinho, condenado ontem a 23 anos de cadeia pelo assassinato, por engano, de um estudante em lugar do pai, em julgamento que foi espetacularizado pela mídia estadual, especialmente TV Morena. Que é gângster, chefe de organização criminosa etc. e tal. Menos que não é um grande piadista. Ontem, durante o interrogatório, ele jurou que não tem nada a ver com o Jogo do Bicho. Só se for com o Jogo do Bicho da Grande Dourados ou da Região da Fronteira. Assim mesmo, se nem seus parentes ele conhece, já que o milionário negócio comandado por sua família na capital é loteado entre primos e afins no interior do estado. Todos, claro, chefões políticos.  

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