“Um homem deve ser julgado pela história que ele construiu e não pela história que querem construir dele”. Com essa frase, o ex-deputado estadual e federal por dois mandatos, e ainda delegado federal do Desenvolvimento Agrário no segundo mandato do presidente Lula, o sindicalista João Batista dos Santos, o ‘João Grandão’ do PT, está pronto para ser uma das alternativas do partido nas eleições municipais do ano que vem em Dourados.
João Grandão enfrentou os dissabores de ação decorrente da Operação Sanguessuga, deflagrada pela Polícia Federal em 2006 para apurar um esquema de superfaturamento na compra de ambulâncias fornecidas pelo governo federal a municípios e, absolvido depois de oito anos, voltou a ser candidato a deputado estadual pelo PT em 2014 e se elegeu com 21.127 votos. Nas eleições de 2010, mesmo sub-júdice, obteve 45.357 para deputado federal, 10.969 apenas nas urnas de Dourados
Conforme sentença do juiz federal Paulo Cézar Alves Sodré, de Cuiabá, proferida no dia 9 de maio de 2014, “não há sequer de se cogitar da ocorrência de crime, por ausência absoluta da prova da materialidade do crime, motivo pelo qual há o réu de ser absolvido”. O juiz disse que não houve provas de que o acusado tenha recebido qualquer tipo de recurso proveniente de ato ilícito.
Formado em História pela UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), com especialização em História da América Latina, João Grandão mantém forte atuação nos movimentos sociais, e também como professor da Rede Estadual de Educação, desde 1985 e dirigente do Sindicato dos Bancários, entidade que presidiu por dois mandatos.
Depois do prefeito Laerte Tetila, até hoje considerado uma espécie de ícone petista pela administração considerada, no mínimo, equilibrada, entre os anos de 2000 e 2008, João Grandão é um nome preservado entre as bases e correntes do partido, ainda que, nesse período, tenham surgido expressões como a atual deputada Gleice Jane e o ex-candidato a senador Tiago Botelho, agora contemplado com um cargo de superintendente federal do Patrimônio no Estado.
Clóvis de Oliveira/Douranews
