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domingo, dezembro 28, 2025

Lira fala sobre investigação da PF em caso de kit robótica: Não posso ser responsável por outro CPF

O presidente da Câmara, que deu entrevista ao programa Roda Viva, também questionou a origem da investigação sobre os possíveis desvios de dinheiro público em Alagoas. 'O inquérito não nasceu para investigar robótica, o inquérito nasceu para investigar o deputado Arthur Lira', defendeu o parlamentar

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O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), rechaçou há pouco envolvimento no caso apurado pela Polícia Federal (PF) dos supostos desvios nos contratos de kit robótica em Alagoas, seu Estado. O parlamentar também negou suspeitas sobre sua vida bancária.

“[Não posso] ser responsável por isso ou por aquilo de outro CPF, o que sempre digo e reafirmo: as minhas atividades pessoais, a minha vida como pessoa politicamente exposta, todas as nossas informações estão tranquilamente lá fiscalizadas pelo Coaf”, disse Lira.

O presidente da Câmara disse ainda que não pretende fazer condenações prévias, não pode responder por atos de aliados e que não tem relação com os possíveis desvios. “Fui envolto em uma situação que absolutamente não tenho nada a ver.”

Lira também questionou a origem da investigação sobre os possíveis desvios em Alagoas. “O inquérito não nasceu para investigar robótica, o inquérito nasceu para investigar o deputado Arthur Lira”, defendeu o parlamentar. “[Em] 12 mil páginas não tem um A, nem um B juntos – para fazer AB – que faça referência ao meu nome.”

Segundo a Polícia Federal, pagamentos de um ex-assessor de Lira, Luciano Cavalcante, bancavam gastos pessoais do presidente da Câmara. O parlamentar se defendeu dizendo que tem condições de honrar todos seus compromissos. “Eu tenho a minha vida, aberta, tranquila, declarada, todas as despesas que faço, tenho lastro pra fazer.” Lira questionou, na sequência, as dúvidas em relação à sua vida financeira. “Um pagamento meu de um cartão tenho que ir a banco eu ir pagar? Eu não faço todos, não tenho tempo de agenda para isso, [mas] não estou dizendo que Luciano fazia.”

‘MEU PARTIDO ESTÁ AJUDANDO O GOVERNO’

O presidente da Câmara afirmou na noite desta segunda-feira (31) que seu partido está ajudando o governo Lula a pedido dele e de André Fufuca (MA), que lidera a bancada de deputados e é cotado para ocupar um ministério. As declarações, dadas ao programa Roda Viva, da TV Cultura, ocorrem no momento em que o Centrão negocia o embarque na Esplanada.

Lira disse também que o presidente nacional do PP, senador Ciro Nogueira (PI), nunca fez um pedido para que a sigla votasse de forma contrária ao Palácio do Planalto. Ex-ministro da Casa Civil do governo Bolsonaro, o senador tem sido uma das principais vozes de oposição a Lula, apesar de já ter se aliado ao PT no passado.

Ao ser questionado sobre a ex-deputada Margarete Coelho (PP-PI), que é cotada para a presidência da Caixa Econômica Federal, Lira elogiou a aliada, disse que ela relatou diversos projetos importantes na Câmara, mas negou que tenha tratado com Lula de nomes para cargos.

“Se todo governo tivesse o prazo de ter o Partido Progressista apoiando suas matérias…. o meu partido nunca foi volúvel, quando ele é [governista], é, quando não é, não é. O meu partido está ajudando o governo a meu pedido e a pedido do líder Fufuca. O presidente Ciro nunca fez nenhum veto, nenhuma mobilização na bancada da Câmara para que não ajudássemos nas matérias importantes para o País”, declarou.

No Palácio do Planalto, já é dado como certo que Fufuca e o deputado Silvio Costa Filho (Republicanos-PE) entrarão na Esplanada, mas Lula ainda não decidiu quais ministérios os dois aliados do presidente da Câmara ocuparão.

Italo Bertão Filho e Iander Porcella/Jornal do Brasil

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