32.5 C
Dourados
sexta-feira, dezembro 26, 2025

2023 foi o ano da arrancada de Alan Guedes rumo à reeleição

Depois de um começo de administração discreto, Alan Guedes começa a se mexer para se reeleger prefeito

- Publicidade -

O já finado 2023 foi o ano que marcou a arrancada do prefeito Alan Guedes rumo à reeleição. Depois de um início de mandato turbulento, marcado por denúncias que não deram em nada de sua administração na Câmara de Vereadores, sua postura silenciosa diante da “herança maldita” deixada por administrações anteriores, na prefeitura, mais especificamente a de Délia Razuk, evidenciou sua resiliência diante de grandes desafios. Daí, agora, o sonho já possível de ser transformado em realidade com a reeleição, nesta segunda metade de seu mandato. Se 2023 foi o ano em que começou, efetivamente, a “fazeção” 2014 será o ano das entregas, muitas, aliás, já em andamento.

Começando pelos infindáveis desafios da saúde, o que pode ser resumido por uma definição do ex-prefeito Laerte Tetila: “nem Jesus Cristo, se voltasse, conseguiria pôr fim aos problemas da saúde, diante da cada vez mais crescente demanda população e das vertiginosas inovações tecnológicas que tornam o sistema cada vez mais dispendioso”. Ainda mais quando se tem uma adversária como a deputada Lia Nogueira, que não faz outra coisa – “24 horas por dia, inclusive à noite”, como dizia o fenomenal prefeito Ari Artuzi – a não ser criticar, sem pouco ou quase nada fazer como deputada para ajudar a encontrar soluções.

Lembrando que a já histórica buraqueira na malha asfáltica de Dourados, transformada em queijo suíço, é uma das piores heranças de todas as administrações que se sucederam a Totó Câmara e José Elias, os prefeitos responsáveis pela base desse serviço na área central e nos principais bairros da cidade. Todos, ao seu modo e ao seu tempo, executando um trecho, como Braz Melo, que, na impossibilidade de fazer o serviço em todo o perímetro urbano ousou asfaltar as linhas de ônibus. Assim, antes e depois dele, Luiz Antônio, Humberto Teixeira, Tetila, Artuzi, até Délia Razuk e, entre seus dois mandatos, Murilo Zauith. O problema de todas essas administrações é a qualidade do serviço executado, o tal asfalto casca de ovo, uma das maiores fontes de corrupção dos últimos tempos, muito provavelmente uma das causas do quase infarto do prefeito Alan Guedes, no final deste ano, diante da ansiedade para tentar resolver um problema que só se agrava há mais de meio século.

Nesse quesito corrupção, a propósito desses textos de retrospectiva de fim de ano, vale o registro de uma situação que já entrou para o folclore douradense. Tudo por conta da cobiça pela prefeitura, de políticos que só olhando para o próprio umbigo e não parando para pensar se têm ou não competência para tocar uma estrutura tão complexa. Enfim, que tentam virar prefeito apenas para enricar, como se diz no populacho. Daí às lendas urbanas, como a do professor Luiz Antônio Gonçalves, que morreu pobre, como reitor da UEMS, mas que como prefeito teria se tornado dono de prédios e mais prédios na pequenina Jaguapitã, sua terra natal; de Braz Melo, sócio de Sizuo Uemura na Ford Veículos e com rios de dinheiro numa conta de um banco oficial do Paraguay, que depois quebrou; entre seus dois mandatos, Humberto Teixeira, que também morreu, de Covid, no Hospital da Vida, porque não tinha sequer convênio médico, mas que era acusado de ser “laranja” de um dos maiores esquemas de corrupção do estado, no setor fazendário, à época comandado por Leonildo Bachega; seu sucessor, o não menos pobre, até hoje, Laerte Tetila, seria sócio do Shopping Avenida Center, só porque foi em sua administração que o empreendimento foi implantado em Dourados, mas pouca gente lembrando que foi por seu messianismo e de seu secretário Wilson Biasotto, como professores que, naquela memorável administração petista, foi implantada a UFGD. De Ari Artuzi, a operação Uragano, por si só, escancarou para o Brasil como funcionava o esquema de corrupção na prefeitura de Dourados, com a participação de deputados estaduais, federais e senadores. Veio Murilo Zauith, o empresário bem sucedido, de quem tanto se esperava, o prefeito que quebraria paradigmas, mas que até hoje faz TAC’s (termos de ajustes de conduta) com o MP para que os desmandos de seus secretários não venham à público. E Délia Razuk, uma administração que não deixou saudades, com batidas rotineiras do MP e da polícia nos gabinetes de seus secretários, alguns presos, outros até hoje desaparecidos, uma história ainda por ser fechada.

Este parágrafo esticado mostra o porquê da assertiva daqueles que acreditam na reeleição de Alan Guedes. Até agora, já caminhando para o final de sua administração, senão uma Brastemp, pelo menos dentro da normalidade, sem nenhuma denúncia grave, nenhuma operação policial a residências de funcionários ou na prefeitura, nenhum secretário investigado, preso ou desaparecido.

Embora grandes obras não tenham se destacado, projetos significativos, como o Fonplata, começaram a ganhar forma. A cidade experimentou melhorias visíveis, com uma estética mais atraente, manutenção regular da coleta de lixo e canteiros centrais rotineiramente cuidados. As questões de segurança e de trânsito, historicamente desafiadoras, começaram a ser endereçadas com sinalização horizontal e vertical, indicando uma direção mais clara pela gestão municipal, sem contar a onipresença da Guarda Municipal e dos “amarelinhos” da Agetran nas ruas para um melhor ordenamento de todo o sistema.

Politicamente, perdem tempo aqueles que acham que Alan Guedes estaria morto. Aliás, com os adversários que tem ele nem precisa fazer muito esforço para se reeleger. Enquanto seus principais opositores alimentam a famigerada rádio peão em mesas de botecos e padarias ele vai costurando seu projeto de reeleição. À esquerda, tem apoio declarado das principais lideranças do PT, como o ex-governador Zeca do PT e do deputado Vander Loubet, que indicou o ex-presidente da Câmara Joaquim Soares para a Secretaria de Agricultura e Pesca. À direita, o apoio de bolsonaristas notórios, como a ex-ministra e senadora Tereza Cristina. Tudo, com o aval do chefão nacional de seu partido, o senador Ciro Nogueira, ex-ministro da Casa Civil de Jair Bolsonaro. Aliás, neste segundo semestre de 2023 Alan Guedes teve uma conversa reservada em Brasília com o próprio Bolsonaro. Para falar de seu projeto de reeleição. O prefeito tem o apoio quase unânime da Câmara de vereadores, e o que é melhor, como adversários, os mesmos que possibilitaram sua eleição quatro anos atrás.

Para fechar o arco de alianças, o respaldo – senão explícito, mas pelo menos implícito – do governador Eduardo Riedel, aliado importante no tabuleiro sucessório, solidifica a posição de Alan Guedes no cenário político estadual. Sua parceria com Riedel, para quem o prefeito montou palanque durante a campanha passada, quando o atual governador ainda patinava para chegar aos dois dígitos nas pesquisas, contribuiu para a implementação efetiva de suas políticas municipais.

Agora é colher os frutos, até porque, a eleição de 2024 é só um trampolim para 2026, quando o mesmo Riedel voltará a precisar da prefeitura de Dourados para se reeleger e eleger o Reinaldo Azambuja senador, até para que o coronel não tenha uma recaída, pensando em retorno ao governo do estado. E como Azambuja, como diz o deputado Geraldo Resende, também tem o dedo podre para apontar para a eleição do prefeito de Dourados, ruim com Alan, pior sem ele.

- Publicidade -
- Publicidade -
- Publicidade -

Últimas Notícias

Últimas Notícias

- Publicidade-