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sexta-feira, dezembro 26, 2025

Morre Cícero Farias

Jornalista estava internado há mais de dois meses e morreu vítima de câncer

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Um dos decanos da imprensa de Mato Grosso do Sul, o jornalista Cícero Lima Faria morreu na tarde de hoje em Dourados, a menos de um mês de completar 71 anos (no próximo dia 10 de fevereiro). Há mais de dois meses vinha lutando contra uma infecção hospitalar, contraída depois de uma cirurgia para retirada da bexiga e da próstata, decorrência de um câncer. Além de problemas cardíacos, ele tinha diabetes e nos últimos dias vinha fazendo hemodiálise.

Cícero Faria era natural de Campo Grande e chegou a Dourados em meados da década de 1970, como correspondente do jornal Diário da Serra. Ultimamente trabalhava na rádio Grande FM, onde além de um informativo matinal diário sobre o agronegócio participava do programa “Espaço Aberto”, comentando assuntos econômicos e de política.

Nome de referência no jornalismo do estado, tão logo chegou a Dourados Cícero Faria transferiu-se do Diário da Serra para o Correio o Estado, jornal em que atuou durante décadas, como correspondente, trabalho que fazia concomitantemente para os jornais O Estado de São Paulo e Folha de Londrina. Aqui, passou por praticamente todos os veículos de comunicação, como Rádio Clube, Folha de Dourados, O Panorama, Diário MS e, por mais tempo, em O Progresso, onde mantinha a coluna “Informe C”, cujo destaque era a sátira “assinada” pelo sapo cururu, o que lhe rendeu este apelido.

Cícero Faria também trabalhou em várias assessorias políticas, a de maior destaque como secretário de comunicação da administração do prefeito Humberto Teixeira. Chegou a se aventurar na publicidade, criando a empresa Eureca, mas sua paixão, mesmo, era o jornalismo. Foi um fundadores do Clube de Imprensa, no final da década de 1970, entidade que presidiu, da mesma forma, alguns anos depois, do Sindicato dos Jornalistas da Grande Dourados.

Como a maioria dos jornalistas “das antigas” era um boêmio. Sistemático, como tal a vesso à points e badalações, costumava “bater ponto” em locais discretos, para os quais, por sua liderança e por seu carisma, acabava arrastando colegas da imprensa e políticos. Foi assim no “Batatinhas”, depois, por mais de 30 anos, na cantina O Quatrilho. Gostava de papear até altas horas, sempre ao som de um bom chamamé, de guarânias e polcas paraguaias. Um dos desbravadores de Bonito, cidade pela qual era um apaixonado, também gostava de levar grupo de amigos para acampar na Cachoeira do Hormindo, no Rio Formoso. Churrasqueiro dos bons e torcedor do Fluminense.

Cícero Faria era casado com Maria do Carmo Zanetti e deixa três filhos, Fábio, Phaena e Fernanda, do primeiro casamento com a professora Adilis de Moraes.

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