A lista tinha 300 convidados, mas o número saltou para 500 na própria quarta-feira (13), data em que José Dirceu comemorou seu aniversário de 78 anos, em Brasília. Quando começou a distribuir o convite pelo WhatsApp, o petista e amigos que organizaram a festa passaram a receber pedidos para incluir novos nomes no evento.
Às 21h, a casa que recebeu a festa no Lago Sul, um bairro nobre de Brasília, tinha uma fila que chegava à porta para os cumprimentos do aniversariante. Naquele momento, Geraldo Alckmin andava na contramão da fila indiana que seguia até Zé Dirceu. Tietado, o vice-presidente posou para fotos, distribuiu sorrisos e disse que só passou para dar um abraço no amigo. Àquela altura, ministros do governo Lula, como Fernando Haddad (Fazenda) e José Múcio Monteiro (Defesa) já tinham deixado o local depois de cumprimentos ao aniversariante.
Também compareceram os ministros Márcio Macedo (Secretaria de Governo), Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos), Juscelino Filho (Comunicações) e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que chegou depois das 23h.
Deputados e senadores também compareceram em peso ao evento, incluindo os pré-candidatos à Presidência da Câmara Elmar Nascimento (União-BA), nome mais próximo de Lira e que dividiu com ele a mesma mesa, Isnaldo Bulhões (MDB-AL), Antonio Brito (PSD-BA) e Marcos Pereira (Republicanos-SP).
Em uma roda de advogados que defenderam empreiteiras e políticos envolvidos na Lava-Jato, a reabilitação de Zé Dirceu oito anos após ser preso na operação era o assunto comentado. Outro grupo, formado por políticos, especulava se Dirceu concorrerá a um cargo no Congresso, se conseguir anular suas condenações na Justiça.
As conversas aconteciam ao som de uma banda pop rock que tocava hits dos anos 80, como “Maior Abandonado”, de Cazuza, e “Tempo Perdido”, da Legião Urbana. Em torno da piscina e no salão, garçons serviam vinho branco e tinto. Boa parte da bebida foi levada pelos próprios convidados, como pedia o convite enviado por Zé Dirceu.
O cardápio do jantar incluiu salgadinhos de entrada, costela, salmão com molho de maracujá, feijão tropeiro e mandioca.
Bela Megale/O Globo