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quinta-feira, dezembro 25, 2025

Investigados pela PF usarão áudios de Cid para questionar validade de depoimentos e tentar anular provas

PF descarta possibilidade de rescisão de acordo anular provas e aponta delação como um dos vários elementos das investigações

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Investigados nos inquéritos em que Mauro Cid figura como delator usarão os áudios do ex-ajudante de ordens para questionar a voluntariedade e a credibilidade de seus depoimentos à Polícia Federal. Três advogados que representam alvos das investigações sobre tentativa de golpe relataram à coluna que, independentemente de a delação premiada de Cid ser rescindida, usarão as gravações na estratégia de defesa.

Membros da Polícia Federal veem o vazamento das gravações como uma tentativa de anular as provas coletadas nas investigações sobre golpe, joias e falsificação de cartões de vacina que envolvem o ex-presidente Jair Bolsonaro, integrantes de seu governo e militares.

A avaliação dos investigadores, no entanto, é que há provas além dos relatos de Cid que fundamentam os relatórios da PF sobre todos os casos. Além disso, mesmo se o acordo for rescindido, o material fornecido pelo ex-ajudante de ordens segue válido, assim como as prova obtidas a partir da delação.

Nas gravações reveladas nesta quinta-feira pela revista “Veja”, o ex-ajudante de ordens afirma que foi pressionado a falar sobre fatos em sua colaboração premiada que, segundo o próprio Cid, “não teriam acontecido” ou dos quais “não teria conhecimento”. O militar disse ainda que a PF está com “a narrativa pronta e não queria saber a verdade”.

Cid atacou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, ao afirmar que “ele prende, ele solta, quando ele quiser, como ele quiser. Com Ministério Público, sem Ministério Público, com acusação, sem acusação”.

Nesta tarde, o tenente-coronel tem uma audiência com um juiz do gabinete de Moraes e, a partir daí, haverá a decisão de manter ou não seu acordo. A rescisão pode levá-lo de volta para a prisão.

Bela Megale/O Globo

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