Antecipando-se à vereadora Isa Marcondes, que solicitou investigação sobre a Fundação de Serviços de Saúde de Dourados (Funsaud), na primeira sessão da nova legislatura da Câmara Municipal, o prefeito Marçal Filho determinou celeridade no processo licitatório para a contratação de uma auditoria externa e independente. O objetivo é esclarecer a real situação financeira da Fundação, responsável pela gestão do Hospital da Vida e da Unidade de Pronto Atendimento (UPA).
Com isso o prefeito evita que um dos maiores desafios que sua administração tem pela frente se transforme em palanque político. Tanto de aliados como de adversários. Uma ação urgente e necessária, primeiro para dar uma resposta à população que exige uma solução definitiva para o problema, segundo em respeito aos profissionais da área, médicos, enfermeiros e trabalhadores em geral da saúde. É que nos últimos tempos esses servidores vem passando por situações constrangedoras, dada a irresponsabilidade com que a questão vem sendo tratada há anos em Dourados, sobrecarregada pela demanda regional.
Por anos, a Funsaud atuou de forma independente da prefeitura, tomando decisões desalinhadas com a Secretaria Municipal de Saúde. Isso levou a gestões desastrosas e a uma situação em que não se conhecem os números exatos da contabilidade nem o total das dívidas”, afirmou o prefeito.
Segundo Marçal Filho, a auditoria já era um compromisso de campanha e foi reforçado durante a transição de governo, diante da gravidade do cenário. “Números preliminares apontam um rombo superior a R$ 76 milhões. Precisamos dessa auditoria para tomar decisões sobre o saneamento da fundação e garantir um serviço de qualidade”, destacou.
O levantamento será custeado pelo Governo do Estado, devido à falta de recursos da prefeitura para uma análise aprofundada. “O Estado reconheceu a gravidade da situação e autorizou a Secretaria Estadual de Saúde a bancar a auditoria”, explicou Marçal Filho.
Paralelamente, o governo municipal já adotou medidas emergenciais, como corte de gastos, redução no quadro administrativo e alinhamento com a Secretaria de Saúde. Em janeiro, a prefeitura repassou R$ 7,76 milhões à Funsaud para pagamento de salários, encargos e fornecedores. “Mesmo com repasses regulares, a fundação acumulou um déficit milionário. A auditoria vai identificar os gargalos e apontar caminhos para tornar a Funsaud sustentável”, concluiu o prefeito.
C/Assecom