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sexta-feira, dezembro 5, 2025

Mares nas bibliotecas do nosso estado

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Recebi a notícia de que meu livro Mares Agitados na Periferia dos Anos 1970 estará disponível em todas as bibliotecas do nosso estado. Foi como receber um Prêmio Jabuti! Uma alegria imensa, pois essa obra tem tudo a ver com o Mato Grosso do Sul — com a nossa, a minha região. Ela fala sobre a migração de jovens, nos anos 1970, rumo às capitais brasileiras em busca de trabalho e acesso ao ensino universitário.

Alegria, alegria!

Espero sinceramente que o livro chegue ao seu público. Escrevi-o para contar realidades do espaço onde vivi por muitos anos, onde aprendi a ser estudante, a gostar de ler e de escrever. Tenho me empenhado ao máximo para que Mares Agitados encontre seus leitores — com sessões de leitura e autógrafos não só na região, mas também por onde passo: de Paris a Glória de Dourados.

Por isso, fico muito feliz em saber que meu estado mantém um compromisso público com a literatura, apoiando editoras, autores e autoras, bibliotecas, livrarias e a circulação da literatura e dos livros — como disse meu editor da Patuá, Eduardo Lacerda.

Foi com esse mesmo espírito que, em maio, recebi com grande felicidade a análise do Prof. Dr. Volmir Cardoso, do Curso de Letras da UEMS de Campo Grande:

O livro Mares Agitados, de Mazé Torquato Chotil, é instigante porque se alinha ao que vem sendo feito de melhor na literatura contemporânea: o cruzamento entre o testemunho pessoal e a memória coletiva de uma época.

O tema das migrações e das diásporas é central na literatura atual, pois reflete uma das grandes questões do nosso tempo. Mazé relata sua experiência particular, mas em diálogo com uma literatura comprometida em mostrar justamente isso — as vivências de pessoas que se deslocam. No caso dela, trata-se do trajeto que vai de um mundo rural, no antigo Mato Grosso, até a cidade de São Paulo.

O estilo de Mazé Torquato Chotil se aproxima do que alguns autores têm chamado de auto-socio-biografia: uma escrita que parte de um olhar particular, de um testemunho de alguém que saiu de Glória de Dourados e foi viver em São Paulo nos anos 1970. Nesse percurso, a autora vai descobrindo todo o horizonte político e social daquela época.

Mazé Torquato Chotil – Jornalista e autora. Doutora (Paris VIII) e pós-doutora (EHESS), nasceu em Glória de Dourados-MS, morou em Osasco-SP antes de chegar em Paris em 1985. Agora vive entre Paris, São Paulo e o Mato Grosso do Sul. Tem 14 livros publicados (cinco em francês). Fazem parte deles: Na sombra do ipê e No Crepúsculo da vida (Patuá); Lembranças do sítio / Mon enfance dans le Mato Grosso; Lembranças da vila; Nascentes vivas para os povos Guarani, Kaiowá e Terenas; Maria d’Apparecida negroluminosa voz; e Na rota de traficantes de obras de arte.
Em Paris, trabalha na divulgação da cultura brasileira, sobretudo a literária. Foi editora da 00h00 (catálogo lusófono) e é fundadora da UEELP – União Européia de escritores de língua Portuguesa. Escreveu – e escreve – para a imprensa brasileira e sites europeus.

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