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sexta-feira, dezembro 5, 2025

Acadêmica da UFGD recebe prêmio nacional por pesquisa sobre sustentabilidade em empresas brasileiras

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A estudante Beatriz Bordim Rosa, do curso de Ciências Contábeis da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), conquistou reconhecimento nacional ao vencer o prêmio de melhor trabalho na área de Contabilidade e Divulgação para a Sustentabilidade no 22º Congresso USP de Iniciação Científica em Contabilidade — considerado o mais importante evento acadêmico da área no país.

O artigo premiado, intitulado “Relação da Intensidade de Carbono e o Custo de Capital das Empresas Brasileiras”, foi desenvolvido no âmbito do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC), com orientação da professora Elise Soerger Zaro. Embora tenha atuado como pesquisadora voluntária, Beatriz alcançou um feito de destaque ao superar trabalhos de diversas instituições brasileiras, reunidos no congresso promovido pela Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da USP (FEA/USP).

O estudo analisou empresas brasileiras de capital aberto no período de 2021 a 2023, com foco na relação entre as emissões de gases de efeito estufa e o custo de capital próprio — isto é, o retorno exigido por investidores para aplicar recursos em determinada empresa. Os resultados indicam que empresas com maior intensidade de carbono (ou seja, que emitem mais CO₂ por unidade de receita) tendem a ter um custo de capital mais elevado, sendo percebidas como mais arriscadas pelo mercado.

Outro ponto avaliado foi o impacto das metas de redução de carbono sobre a percepção dos investidores. De acordo com a pesquisa, no contexto brasileiro, o simples anúncio de metas ambientais não foi suficiente para alterar o risco percebido — o que reforça a importância de ações efetivas, com resultados concretos.

Para a orientadora Elise Soerger Zaro, a pesquisa traz uma contribuição relevante ao debate sobre sustentabilidade no mercado financeiro brasileiro.

“Tendo em vista a demanda do mercado financeiro por entender os riscos climáticos, buscamos compreender se o nível de emissões e a eficiência em emissões influencia a avaliação de risco das empresas. Os resultados mostram que empresas com menor eficiência são percebidas como mais arriscadas, o que pode impactar seu acesso ao capital”, explica a professora.

A premiação reforça o papel da UFGD na produção de conhecimento voltado aos desafios ambientais e econômicos contemporâneos, especialmente num momento em que a pauta climática ganha protagonismo mundial — com a aproximação da COP30, a ser realizada no Brasil, em 2025. A pesquisa também destaca a crescente importância da integração entre práticas sustentáveis e decisões financeiras no cenário corporativo brasileiro.

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